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NITERÓI
GANHA USINA COM TECNOLOGIA PARA DESIDRATAÇÃO
DO LIXO
Panorama
Ambiental
Rio de Janeiro (RJ) - Brasil
Junho de 2004
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O município
de Niterói, na região metropolitana
do Rio de Janeiro, ganhou hoje uma usina com tecnologia
inédita no país e totalmente nacional
para a desidratação do lixo. A usina
vai reduzir em 80% o volume de lixo residencial
jogado no aterro sanitário.
Localizada no Aterro do Céu, a Usina de Reciclagem
e Desidratação de Resíduos
Sólidos foi inaugurada pelo prefeito de Niterói,
Godofredo Pinto. Segundo o assessor de imprensa
da prefeitura, Vinicius Martins, a usina tem capacidade
de processar 250 toneladas de lixo por dia, o que
representa a metade do lixo domiciliar coletado
na cidade, de 470 toneladas diárias.
A obra foi possível graças à
utilização, pela prefeitura, de parte
da multa de R$ 1 milhão cobrada pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) à Petrobras pelo
vazamento de óleo na Baía de Guanabara
em 2000. A usina de desidratação funciona
junto à usina de separação
e trituração de lixo que começou
a ser construída pelo governo do estado em
1998, dentro do Programa de Despoluição
da Baía de Guanabara. As obras, porém,
foram abandonadas pelo governo fluminense e retomadas
pelo executivo municipal após perícia
da justiça, sendo então modernizadas.
A primeira fase dos trabalhos permite a transformação
do lixo em um novo produto. Na segunda etapa, a
meta é o reaproveitamento, pelas indústrias,
da massa sem cheiro obtida a partir da desidratação.
De acordo com Vinicius Martins, a idéia é
reduzir o custo operacional da prefeitura, com a
possibilidade, inclusive, de geração
de dinheiro para o caixa municipal.
O engenheiro eletrônico Jorge Carvalho, autor
do projeto, explicou que a tecnologia inédita
adotada na usina transforma seis caminhões
de lixo em apenas um de sobras de lixo desidratado,
reduzindo praticamente a zero a carga orgânica.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Alana Gandra