RAIO-X DETECTA
JIBÓIA DE 1,80m EM AGÊNCIA
DOS CORREIOS DE SÃO PAULO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Junho de 2004
O Ibama e a Delegacia
Especializada em Crimes Ambientais de São
Paulo chegaram nesta sexta-feira ao destinatário
de uma caixa enviada de Brasília para a capital
paulista. O conteúdo: uma jibóia,
da espécie Boa constrictor, de um metro e
oitenta centímetros de comprimento. De acordo
com os técnicos do Instituto Butantan, a
cobra tem cerca de cinco anos de idade e pesa quatro
quilos. O réptil foi despachado pelo correio
dentro de uma caixa de papelão. O animal
foi descoberto por uma funcionária dos Correios
ao checar o conteúdo da embalagem em um aparelho
de raio-X.
O destinatário queria o animal como bicho
de estimação. Mas, ao invés
de procurar um criadouro legalizado pelo Ibama,
comprou a serpente pela Internet de um criador ilegal.
De acordo com a lei 9.605/98 ( Lei de Crimes Ambientais),
é crime comprar animal silvestre sem a devida
autorização do órgão
ambiental. Além disso, a cobra foi transportada
de maneira inadequada. O receptador será
multado em R$ 500 reais e terá que responder
a processo na Justiça. A polícia quer
saber agora quem foi o vendedor da jibóia
para puni-lo, conforme prevê a legislação.
A atitude é considerada tráfico de
animais silvestres. O tráfico é a
terceira maior causa da perda de biodiversidade
no Brasil. De acordo com a Organização
das Nacional Unidas, o comércio ilegal de
fauna movimenta por ano cerca de US$ 1 bilhão
no país.
