IBAMA CONDENA USO DE TILÁPIAS COMO ISCAS VIVAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Abril de 2004

O Ibama deverá negar os pedidos de pesquisa sobre o uso de tilápias como iscas vivas para a pesca do bonito listrado nas regiões Sudeste e Sul do país. A decisão tem como objetivo evitar que a presença da tilápia em águas brasileiras possa acabar com peixes nativos e prejudicar a pesca, como já ocorreu em várias regiões do Planeta. O alerta do Ibama quer proteger principalmente espécies brasileiras como a tainha, cuja pesca desenvolvida em pequena escala (artesanal) poderia se acabar com a introdução das tilápias.
A decisão do Ibama baseia-se em estudos científicos apresentados em seminários realizados entre especialistas de várias instituições de pesquisa. Segundo os estudiosos, os efeitos de introduções de peixes exóticos podem ser irreversíveis. No caso das tilápias, elas chegam a devorar os alevinos de outras espécies e indivíduos juvenís, comprometendo os estoques pesqueiros de uma região. “Além disso, não há comprovação sobre a eficácia do uso das tilápias para atrair os bonitos”, diz José Dias, coordenador-geral de Gestãode Recursos Pesqueiros do Ibama.
Especialista em pesca e autor de livros sobre o tema, José Dias condena a experiência de se usar as tilápias como iscas vivas no país. “Os estudos científicos existentes são suficientes para sermos prudentes em relação ao assunto”, diz. Segundo o coordenador, o Brasil não pode permitir que os recursos pesqueiros sejam colocados sob risco devido à importância social e ambiental que eles representam.
Catástrofe ambiental
Se os exemplos de outros países valem para o Brasil, a tilápia deverá ser proibida em águas estuarinas, lagunares e na zona costeira do país devido aos seus efeitos genéticos e ecológicos negativos. Na região da Laguna de los Patos, na Venezuela, constatou-se que, no período de doze anos, houve a drástica redução de 22 para apenas 10 espécies de peixes. O desequilíbrio foi causado pela introdução da tilápia. O peixe também provocou estragos semelhantes no sul dos Estados Unidos, no Havaí, na Nova Guiné e nas Ilhas Caroline.
O desaparecimento de espécies nativas envolve uma intrincada rede de conseqüências ambientais. “Cada espécie tem uma determinada função no meio ambiente e se essas funções deixam de ser cumpridas, todo o ecossistema pode entrar em colapso”, explica José Dias.
Para o especialista, a orientação do Ibama é seguir o princípio da precaução, já que as introdução descontrolada das tilápias pode ser irreversível no futuro. “Tratando-se de meio ambiente, uma decisão equivocada pode ser fatal".

Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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