 |
ILHA DO
MARAJÓ QUER SER RESERVA DA BIOSFERA
Panorama
Ambiental
Belém (PA) - Brasil
Abril de 2004
|
 |
Carta
aos “marajoaras” do mundo:
Direto ao assunto:
trata-se de comunicar e reiterar pedido de apoio
à candidatura da Ilha do Marajó ao
título de reserva da biosfera (REBIOMAR),
do programa Homem e Biosfera – M&B, da UNESCO.
E, também, à criação
da Universidade Livre do Marajó com objetivo
de realizar atividades de extensão universitária;
tendo em vista turismo educacional em cooperação
internacional ao desenvolvimento sustentável
da Amazônia.
Pode ser previsto convênios com universidades
nacionais e estrangeiras, com objetivo de captar
fluxo de turistas de interesse especial (alunos
de graduação, professores, pesquisadores,
jornalistas especializados, etc.). Para execução
de próxima etapa do plano Unilivre-REBIOMAR,
seria muito bem-vinda ajuda de universidade pública,
além daquela que a UFPA já vem prestando
através da designação do Prof.
Gunter Pressler, para organização
da Unilivre. E de órgãos oficiais
de meio ambiente para orientar do comitê da
REBIOMAR junto à Associação
dos Municípios do Arquipélago do Marajó
– AMAM, no encaminhamento da proposta à UNESCO,
através de canais competentes.
Cumpre esclarecer que a iniciativa Unilivre – REBIOMAR
é estuário de longos e diversos anos
de trabalho em educação sócio-ambiental
voltada a comunidades marajoaras, em extensão
universitária sob responsabilidade da UFPA,
inclusive. Reúne ela parcerias de distintos
perfis sociais, políticos, religiosos ou
ideológicos. Donde teve origem, há
mais de 20 anos, em voluntariado do qual faço
parte e que veio a constituir o Grupo em Defesa
do Marajó – GDM, principal promotor em parceria
com o Museu do Marajó – MdM e outras Ongs.
Esclareço que a pretendida reserva da biosfera
do Marajó – se inspira na reserva da biosfera
do Pantanal, tem ela intenção de fomentar
naquela comunidade o ecoturismo e turismo rural
com inclusão social sob o nome prestigioso
da ONU/UNESCO. O que, certamente, privilegiará
concessão de fundos e atrairá simpatias
à região amazônica no campo
externo.
Assim, que um componente produtivo como o “Búfalo
verde” (a exemplo do “Boi verde” do Pantanal) em
pecuária familiar integrada poderá
chegar através do mercado exportador, inclusive
em esquemas de joint-ventures. Moções
neste sentido foram aprovadas, respectivamente,
na Conferência Regional de Meio Ambiente em
Muaná; Conferência Estadual e Nacional
de Meio Ambiente, em novembro de 2003, em Brasília.
Necessita, pois, ser formalizada junto à
representação da UNESCO, em Brasília,
para início do devido processo. A AMAM concedeu
sala para reunião do Comitê REBIOMAR
a servir também de escritório provisório
da Unilivre Marajó.
Enfim, a iniciativa Unilivre – REBIOMAR, contando
com o apoio de Governos, Empresas e Comunidade,
poderá encabeçar movimento de mobilização
e participação popular para o desenvolvimento
sustentável, tendo em vista os seguintes
pontos e/ou fases integradas:
1. Participação
do Pará, em provável parceria com
a Guiana Francesa, na França, no Année
Brésil 2005. A partir daí poderemos
dar início a circuito turístico cultural
no sentido Paris – Antilhas – Caiena – Belém
– Rio de Janeiro – Paris.
2. Caso a participação
paraense seja realizada, demonstração
muito interessante da cultura paraense terá
lugar na França. Podendo se estender a outros
países da Europa, oportunamente. Com que
se realizará ação de marketing
com parceria pública-privada, extremamente
importante, podendo eventualemente fazer demonstração
de funcionamento de motor a Biodiesel (óleo
de palma).
3. No circuito em
tela, o Theatro da Paz – na cidade de Belém
da Amazônia – pode se tornar palco de espetáculos
para a Paz reunindo artistas árabes e judeus
partidários da paz no Oriente Médio.
E o Museu de Arte Sacra, como locus da história
missionária de Antônio Vieira na Amazônia
lusitana, articulador da Paz do Rio Mapuá
(1659), marco da pacificação entre
índios e colonos em guerra de 36 anos, desde
1623; poderá ser também ponto de partida
para roteiro turístico ao Marajó;
em pacotes de viagem formatados pela Unilivre em
produtos para ações de paz.
4. De modo a potencializar
ainda mais a expressão internacional da Capital
do Pará, os militantes da iniciativa Unilivre
– REBIOMAR poderão constituir “aliança
verde amazônica” (rede suprapartidária
ecumênica, constituída por ambientalistas,
pesquisadores e simpatizantes do desenvolvimento
sustentável) e a fim de interagir com todos
os países amazônicas e o movimento
internacional para a mudança do paradigma
econômico e a inclusão social.
5. Todas estas ações
levam em conta plano de revitalização
e extensão do MUSEU DO MARAJÓ Pe.
Giovanni Gallo, elaborado e executado pela atual
diretoria do Museu. Incluiu também campanha
pelo tombamento da Casa do escritor Dalcídio
Jurandir, em Cachoeira do Arari, como parte do plano
de re-edição da série Extremo-Norte
(prêmio Machado de Assis, da ABL, conferido
pelo conjunto da obra), a cargo do Instituto Dalcídio
Jurandir – IDJ, do Rio de Janeiro; com tradução
da mesma no exterior. Dando oportunidade para produtos
de turismo cultural no Pará (a exemplo dos
nomes de Jorge Amado, na Bahia; Drummond de Andrade
e Guimarães Rosa, em Minas Gerais; Érico
Veríssimo e Mário Quintana, no Rio
Grande do Sul, etc.).
6. Tombamento do
sítio denominado Araquiçaua (região
do Baixo Arari, pela margem direita) como Monumento
do Patrimônio Natural, a ser o núcleo
de preservação permanente da REBIOMAR.
E o seu entorno, como área de amortecimento
de impacto ambiental transformada na primeira Reserva
de Desenvolvimento Sustentável no Estado
do Pará (pesquisa científica em conjunto
com atividades extrativistas sustentáveis
pela comunidade ribeirinha local, a exemplo da reserva
de Mamirauá-AM)
Fonte: Unilivre
José Varella Pereira