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PLANO REGIONAL
PARA DETER ESPÉCIES VASORAS NA AMÉRICA
LATINA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Abril de 2004
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A adoção
de um Plano Regional de Ação Estratégica
para Controle e Gestão da Água de
Lastro de Navios e de Espécies Aquáticas
Invasoras começou a ser discutida hoje, em
Brasília, por representantes de governos
do Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile e
Colômbia. Uma das propostas que será
apresentada amanhã é a de normatizar
a forma de controle no Mercosul. Brasil, Paraguai,
Argentina e Uruguai enfrentam atualmente um problema
grave com a invasão do mexilhão dourado
(Limnoperna fortunei).
O mexilhão foi encontrado pela primeira vez
na Bacia do Prata, em 1991. Sete anos depois, em
1998, já se alastrava na região do
Delta do Jacuí, em Porto Alegre (RS). Desde
então, tem causado sérios problemas
principalmente para as empresas de saneamento e
hidrelétricas. Segundo relatos apresentados
hoje, a hidrelétrica de Yacereta, no Paraguai,
terá que fazer uma obra de reengenharia em
todo o sistema por causa do entupimento dos dutos,
provocado pelos mexilhões. No local já
foram detectadas concentrações de
até 180 mil mexilhões por metro quadrado.
No Brasil, a maior concentração encontrada
é de 40 mil moluscos por metro quadrado.
De acordo com informações apresentadas
pela delegação da Argentina, naquele
país foi descoberto recentemente um outro
molusco invasor. O Rapana venosa, assim como o mexilhão
dourado, é originário da Ásia
e também chegou a região transportado
na água de lastro de navios de carga.
O objetivo do encontro regional, que termina quarta-feira
é unir esforços na busca de solução
para o que se apresenta como um grave problema para
o meio ambiente, a economia e a saúde.A água
usada para dar equilíbrio e estabilidade
aos navios sem carga transporta espécies
aquáticas como algas tóxicas, espécies
patogênicos, como o vibrião colérico,
e exóticas, como o mexilhão dourado.
Também participam dos debates representantes
da Organização Marítima Internacional
(IMO) e do Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente.
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom