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PRIMEIRO
GUIA DO CONSUMIDOR DO GREENPEACE NA CHINA
TEM DANONE E HEINZ NA LISTA DE PRODUTOS
SEM TRANSGÊNICOS
Panorama
Ambiental
Pequim - China
Abril de 2004
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Outros grandes
nomes como Lay´s e Lipton estão entre
as 78 marcas que se comprometeram a não vender
alimentos geneticamente modificados no mercado chinês
Setenta e oito marcas
de produtos alimentícios na China, o maior
mercado consumidor de alimentos do mundo, se comprometeram
oficialmente a não comercializar produtos
geneticamente modificados. As marcas livres de transgênicos
estão listadas no primeiro Guia do Consumidor
do Greenpeace no país, lançado ontem.
O comprometimento é reflexo da crescente
rejeição dos chineses com relação
aos transgênicos. Entre as empresas há
nomes internacionalmente conhecidos, como Danone,
Heinz, Lay's e Lipton.
"As indústrias se comprometeram porque
os alimentos transgênicos são indesejados",
disse Xu Lijun, da Campanha de Engenharia Genética
do Greenpeace na China, atualmente a bordo do navio
Arctic Sunrise, com o qual está realizando
sendo realizada a expedição “Brasil
Melhor sem Transgênicos”. "Os produtos
geneticamente modificados não trazem benefícios
para os consumidores e, ao mesmo tempo, representam
riscos de danos irreversíveis à saúde
e ao meio ambiente. Já a soja convencional
é consumida na China há mais de 5
mil anos", afirmou.
"A China é um dos maiores importadores
da soja brasileira, por isso, nosso país
deve estar atento a essa mensagem de rejeição,
se não quiser perder mercado", afirmou
Gabriela Vuolo, da Campanha de Engenharia Genética
no Brasil, também a bordo do Arctic Sunrise.
"A crescente rejeição dos consumidores
chineses aos transgênicos e o lançamento
do Guia do Consumidor como fonte de informação
são mais uma prova de que o Brasil só
tem a ganhar se mantendo livre de transgênicos",
complementou.
A ação realizada em Paranaguá
é parte da expedição contra
os produtos geneticamente modificados que o Greenpeace
está realizando pelo Brasil com o navio.
Na terça-feira passada, dia 20, ativistas
fizeram uma inspeção de biossegurança
no navio Saturn V. O cargueiro estava sendo carregado
com soja transgênica e não possuía
documentação necessária informando
que o produto era geneticamente modificado. Por
isso, os ativistas rotularam o navio, pintando a
palavra “transgênico” em seu casco.
A campanha brasileira faz parte de uma luta global
do Greenpeace, intensificada nos últimos
dias. O navio-símbolo do Greenpeace, Rainbow
Warrior, depois de bloquear por mais de oito horas
um carregamento de soja transgênica vinda
dos EUA, foi preso hoje no Porto Kembla Harbour
(Austrália). A ação visava
impedir que o produto fosse descarregado em Melbourne,
o que poderia contaminar a cadeia de alimentos na
Austrália.
(1) O Greenpeace divulgou na semana passada os resultados
da primeira pesquisa sobre a opinião dos
consumidores na China continental com relação
aos alimentos transgênicos. A maioria dos
chineses entrevistados (87%) exige o direito à
informação sobre os produtos com OGMs.
E, se tivessem opção, 40% escolheriam
comida não transgênica. Dos participantes,
apenas 24% optariam pelos transgênicos.
Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa