EXPOSIÇÃO COMEMORA SEMANA DO MEIO AMBIENTE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2004

Mais de 300 estudantes, do ensino fundamental à universidade, visitaram a GEOARTE , já no dia de sua abertura, nesta quarta-feira (02/06) no Museu Geológico Valdemar Lefèvre, situado no Parque da Água Branca , em São Paulo. Utilizando técnicas de arte que enfocam conceitos geológicos, baseados em trabalhos de artistas consagrados como Hélio Oiticica, Lígia Clark, Sid Sampaio, entre outros , o evento foi organizado pelo Instituto Geológico, órgão vinculado à Secretaria do Meio Ambiente, em comemoração à Semana do Meio Ambiente.

José Jorge Neto
A visitação da Geoarte se inicia num grande galpão onde se realiza a Oficina de Sensibilização. São nove módulos onde o público experimenta sensações, utilizando os cinco sentidos no contato com os diferentes tipos de rochas e seus subprodutos. No primeiro módulo , a " mesa do tato " , o visitante toca os minerais, rochas e fósseis, enquanto um monitor informa sobre sua origem, composição e dá exemplos de sua utilidade na fabricação de produtos utilizados no dia a dia. O segundo módulo é formado por um túnel escuro, ou "Caminho das Pedras ", que o visitante deve atravessar descalço, pisando em diferentes tipos de solo para perceber a textura, temperatura e umidade de cada espécie de rocha. O olfato é outro sentido que pode ser testado na exposição.
Poucas pessoas sabem que as rochas retêm os odores característicos de cada tipo de mineral da qual são formadas. Por isso a exposição conta com uma Mesa do Cheiro, onde é possível sentir os diferentes aromas do mármore, do carvão ou do arenito, por exemplo.
No centro do Galpão está o Móbile da Criação, com um painel mostrando o Sistema Solar e tudo o que surgiu desde a sua formação, incluindo a espécie humana, na qual o visitante é inserido através de seu reflexo em um espelho. Outro objeto que chama a atenção nesse móbile é um grande caramujo, utilizado para estimular o sentido da audição ao reproduzir o som de uma cachoeira, que por sua vez é vista através de uma pequena luneta, levando o visitante a ter a impressão de que o som vem da imagem exibida a partir da projeção de um slide. Outro "brinquedo" apreciado pelas crianças é o grande móbile com o desenho das camadas da crosta
terrestre, onde pode-se tirar uma foto com o rosto saindo do centro da Terra. Uma segunda mesa do Tato, forma mais um módulo voltado para as crianças, que são convidadas a colocar as mãos dentro de uma capa escura e descrever as rochas que manuseiam, através das sensações táteis.
A Geoarte conta também com uma Oficina Rupestre, em que grupos de visitantes são convidados a participar do ateliê de pinturas, onde podem expressar livremente sua criatividade pintando fragmentos de mármore, utilizando as formas das pedras que podem levar para casa. Em um grupo de 15 crianças, entre 6 e 10 anos, do Núcleo Sócio Educativo Caminhando para o Futuro, por exemplo, através da pintura as pedras foram transformadas em joaninhas, fatias de melancia, ou
José Jorge Neto
reproduziram flores e rostos humanos. Há, ainda, o módulo composto pelo Lambe-lambe fluorescente, um instrumento reproduzindo as antigas máquinas fotográficas, onde os visitantes podem visualizar rochas e minerais que, sob a influência da luz ultravioleta, exibem fluorescência (quando o efeito do brilho finaliza em contato com a luz) ou fosforescência (quando o efeito continua por algum tempo depois de exposto à luz). E, para finalizar a Oficina de Sensibilização, a Mesa dos Pigmentos expõe pedras como grafite,talco e óxido de ferro, inteiras ou em forma de pó, para mostrar os diferentes pigmentos das rochas.
Segundo Fernando Alves Pinto, geólogo e diretor do Museu Geológico Valdemar Lefèvre, a maior parte dos pigmentos utilizados na fabricação de maquiagem vem das pedras, " por isso colocamos o pó colorido e um espelho para que os visitantes possam experimentar o efeito de suas cores".
Para a estudante Michele, de 10 anos, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Odilon Leite Ferraz , a experiência foi resumida como " legal demais ".A aluna do segundo ano de Biologia da UNIVAP – Universidade do Vale do Paraíba, Glaucia Echternach, considerou o "Caminho das Pedras" muito interessante : " Tocar os diferentes solos com o s pés descalços foi uma experiência ótima, pois geralmente usamos as mãos para termos contato com algum material ou para sentir os tipos de rochas existentes no solo", explicou.

O Museu Geológico

Durante a GEOARTE são oferecidas visitas monitoradas para grupos de estudantes ao Museu Geológico Valdemar Lefrève, que possui uma coleção de cerca de 5.000 minerais, rochas e fósseis expostos e catalogados, além dos instrumentos utilizados pelos geólogos ao longo do tempo . Mas o Museu Geológico permanece aberto para visitação de terça a domingo, das 9 às 17 horas, inclusive nos feriados e recebe normalmente cerca de 100 mil visitantes por ano. 20% do público é composto por estudantes. .
A grande atração dos visitantes mais novos são os ossos fossilizados de um dinossauro e as réplicas desses antigos animais que viveram sobre a Terra a milhões de anos. O esqueleto do animal pré-histórico é comparado com os ossos do corpo humano pelo monitor, que aguça e incentiva a curiosidade das crianças, principalmente quando são informadas que os répteis gigantes habitavam a região central e oeste do Estado de São Paulo, onde ficam cidades como Presidente Prudente, Monte Alto, Jaboticabal, Santo Anastácio, São José do Rio Preto e Marília, entre outras . Nesses locais foram encontrados fósseis da idade cretácea, que faz parte da Era Mesozóica, entre 144 e 65 milhões de anos atrás.
Outra curiosidade educativa do Museu é o painel de rochas e minerais e seus usos, como a cromita, utilizada para a fabricação de aço; o grafite, para lápis; a gipsita , para gesso;o petróleo , para plástico;o caolim, para refratários de argila; além das pedras semipreciosas, utilizadas na confecção de jóias e peças ornamentais.
Ao final da visita e das oficinas, os visitantes recebem uma apostila pedagógica para expressarem seus conhecimentos e impressões, desenhando e pintando. Segundo a equipe da organização da Geoarte, a apostila tem uma proposta dinâmica, que busca unir história e comunicação, o antigo ao novo, a prática à teoria, conduz indo o visitante à reflexão sobre o planeta Terra.

Fonte: SMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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