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GOVERNOS
E ONGs DE MAIS DE 80 PAÍSES DISCUTEM
ENERGIA RENOVÁVEL NA ALEMANHA
Panorama
Ambiental
Bonn – Alemanha
Junho de 2004
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Mais
de 1.000 representantes de governo, das Nações
Unidas, da iniciativa privada e de ONG’s de
todo o mundo estarão em Bonn, na Alemanha,
a partir de amanhã – até dia
4 – para o encontro internacional sobre energias
limpas e renováveis, o "Renováveis
2004", que tem como objetivo avançar
nas discussões sobre formas sustentáveis
de implementação das novas fontes
renováveis de energia. |
A
Ministra de Minas e Energia Dilma Roussef
estará participando em nome do governo
Lula. Os anúncios recentes mostram
que o Brasil está na contramão
da tendência global, assinando contrato
de financiamento para uma usina a carvão
mineral (em Cachoeira do Sul - RS) e buscando
acordos para promover a área nuclear,
além de priorizar a expansão
da geração centralizada de energia
através das grandes usinas hidrelétricas.
“Enquanto o mundo inteiro está discutindo
alternativas limpas de geração
de energia e formas mais modernas de fazer
comércio, o governo brasileiro continuar
se envolvendo em projetos de geração
de energia antiquados e poluidores e financiamentos
que só visam lucro, sem pensar no desenvolvimento
das nações”, afirma Sérgio
Dialetachi, coordenador da campanha de Energia
do Greenpeace Brasil.
Os anúncios feitos pelo Governo Lula
na China promovendo o comércio de carvão,
urânio enriquecido e a elaboração
de acordo para desenvolvimento do programa
nuclear brasileiro (Angra III e submarino
nuclear) surpreenderam as organizações
participantes do Fórum |
Brasileiro
de ONGs e Movimentos Sociais - apoiado pelo Greenpeace.
Este anúncio põe em questionamento
o compromisso brasileiro com seus próprios
esforços históricos para desenvolver
uma matriz energética renovável e
avançar o debate e a ação de
governos frente a questão de mudanças
climáticas e com a Plataforma de Brasília
- um acordo regional para desenvolvimento das energias
renováveis na América Latina e Caribe,
firmado pelo Brasil em outubro de 2003.
O Brasil abriu mão de continuar na vanguarda
das discussões internacionais e liderar uma
proposta arrojada de implementação
e financiamento do desenvolvimento das novas energias
renováveis, como fez na Conferência
de Joanesburgo, em 2002, propondo uma meta global
de 10% da matriz de energia proveniente das fontes
solar, eólica, biomassa sustentável,
geotérmica, das marés e pequenas centrais
hidroelétricas (PCHs), na matriz energética
mundial até 2010.
O FBOMS espera que o Brasil elimine seu programa
nuclear e promova a substituição progressiva
da geração de energia mediante fontes
fósseis por medidas eficazes de eficiência
e conservação de energia em diversos
níveis e pelo aumento da participação
das novas fontes renováveis e sustentáveis
que possam, a curto e médio prazos, suprir
as necessidades da população brasileira
e promover o desenvolvimento sustentável.
Mais de 450 pessoas – incluindo ativistas do Greenpeace
– realizam em Bonn um protesto contra a empresa
RWE, na Alemanha, que quer continuar utilizando
o carvão para geração de energia.
“Não se pode dizer que se quer proteger o
planeta e continuar usando o carvão, que
é um destruidor do clima”, disse a especialista
em energia do Greenpeace Alemanha, Gabriela von
Goerne.
Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa
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