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GREENPEACE
REVELA QUE POEIRA DE CASAS E ESCRITÓRIOS
CONTÉM SUBSTÂNCIAS NOCIVAS
À SAÚDE
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2004
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Amostras de poeira
coletadas em residências e escritórios
de trabalho de cinco cidades brasileiras estão
contaminadas com substâncias químicas
nocivas à saúde. O relatório
“Substâncias Químicas Tóxicas
na Poeira de Lares e de Ambientes de Trabalho no
Brasil”, do Greenpeace revelou que os materiais
encontrados são utilizados na fabricação
de objetos usados diariamente pelos consumidores
como tecidos, televisões, cosméticos
e brinquedos.
As amostras de poeira foram coletadas em 50 residências
em São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro e
Porto Alegre. Em Brasília, diversos andares
do prédio do Ministério do Meio Ambiente
e os gabinetes de seis deputados federais e dois
senadores também serviram como fonte para
coleta de material.
O coordenador da Campanha contra Substâncias
Tóxicas no Brasil, John Butcher, chamou a
atenção para uma das dez substâncias
tóxicas encontradas, o ftalatos. Eles são
prejudiciais ao sistema reprodutor e são
usados principalmente para tornar o PVC maleável,
utilizado em brinquedos, interiores de carros e
cabos. Perfumes, cosméticos, tintas, adesivos
e vedadores também contêm a substância.
“As pessoas devem evitar produtos à base
de PVC, como o filme plástico. A Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou o resultado de uma
pesquisa na semana passada que mostra que estes
produtos contêm um alto nível de ftalatos
em sua composição”, disse.
Os fabricantes que usam as substâncias químicas
listadas pelo Greenpeace alegam que elas estão
incorporadas aos produtos e não representam
riscos à saúde. Entretanto, o relatório
da ONG informa que elas podem contaminar os consumidores
pela inalação, ingestão ou
tato.
Butcher disse que o resultado da pesquisa será
encaminhado para os Ministérios do Meio Ambiente
e da Saúde e para o Congresso Nacional. Segundo
o coordenador, a incorporação dos
princípios de substituição
e de precaução por leis, decretos
e normas é fundamental para que as indústrias
parem de utilizar o meio ambiente e a saúde
do consumidor como campo de provas para substâncias
perigosas.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Rafael Gasparotto