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POLÍTICA
PÚBLICA PARA O DESMATAMENTO
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Junho de 2004
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Estabelecer uma
cumplicidade entre governos federal e estadual e
toda a sociedade amazônica. O que parece óbvio,
na visão de um grupo de pesquisadores, é
uma das chaves para que o desmatamento da Amazônia
possa ser controlado.
As formas de se conseguir essas parcerias, além
de um diagnóstico bastante amplo da região,
são as grandes atrações do
livro Desmatamento na Amazônia: indo além
da emergência crônica, lançado
nesta terça-feira (1/6), em Belém
(PA). O evento ocorreu na sede do Instituto de Pesquisa
Ambiental da Amazônia (Ipam), instituição
que editou a obra.
Assinado por sete pesquisadores de instituições
brasileiras e estrangeiras, o livro mostra diversas
análises cronológicas. Em uma delas,
fica claro a relação direta que existe
entre a curva do produto interno bruto e o desmatamento.
Segundo os pesquisadores, se a primeira curva caiu
nos últimos anos, a segunda está longe
de sofrer um revés. E isso se deve, principalmente,
ao aumento das exportações.
No contexto de uma estratégia para o desenvolvimento
sustentável da Amazônia, explicam os
autores, é importante diferenciar o desmatamento
legal do ilegal. Além disso, em termos de
vilões para a floresta, a conversão
da floresta em pastagem tem sido a principal causa
do desmatamento. As agriculturas familiar e mecanizada
também tiveram contribuições
significativas para a derrubada da floresta.
O caos fundiário que se estabeleceu na região
é outro obstáculo para que o desenvolvimento
sustentável efetivo possar ser feito na Amazônia.
Com os sempre presentes conflitos sociais na região
é impossível que se possa organizar
o uso do solo. O recém-lançado Plano
de Ação para Prevenção
e Controle do Desmatamento na Amazônia, feito
pelo Governo Federal, foi considerado um passo importante.
Apesar de defenderem ações de longo
prazo, os autores não desconsideram a necessidade
de intervenções imediatas em regiões
onde “as fronteiras do desmatamento estão
em fase de expansão explosiva”. Isso ocorre,
por exemplo, em Castelo de Sonhos, Novo Progresso
e Moraes de Almeida, todas cidades situadas ao longo
do eixo de desenvolvimento Cuiabá-Santarém.
Fonte: Fapesp (www.agenciafapesp.br)
Assessoria de imprensa