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A AMAZÔNIA:
UM LABORATÓRIO VIVO QUE PRECISA SER
ESTUDADO
Panorama
Ambiental
Manaus (AM) – Brasil
Março de 2004
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Uma comitiva da
Nasa formada por onze pessoas e liderada pelo administrador
da Agência Espacial Americana, Mr. Sean O'Keefe,
esteve no INPA no domingo (29). A equipe está
visitando a América Latina para conhecer
os programas de cooperação internacional
entre esses países e a NASA. O Experimento
de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera da Amazônia,
o LBA, no Brasil, é um deles. O grupo chegou
ao Instituto às 17:15h e depois de uma breve
reunião com o diretor, Dr. José Gomes,
conheceu o projeto Peixe-Boi, onde ouviu atentamente
as informações da pesquisadora Vera
Silva sobre os hábitos e a reprodução
do mamífero em cativeiro.
Em seguida, a comitiva foi ao Sipam e depois ao
Tropical Hotel, onde Sean O'Keefe e o administrador
do Departamento de Ciências da Terra, Ghassem
Asrar, e o Diretor do INPA deram uma entrevista
coletiva. Segundo O' Keefe a Amazônia é
um laboratório vivo e é muito importante
saber como a vida funciona nele.
Ele enfatizou que o Brasil exerce papel de liderança
na pesquisa ambiental no mundo e o resultado desse
trabalho é fundamental para a entender como
as mudanças nos usos da terra na Amazônia
afetam o clima regional e global . Por outro lado,
também é essencial saber como as mudanças
climáticas no mundo afetam o funcionamento
da floresta. O'Keefe enfatizou aos jornalistas que
a imagem do Brasil nos EUA sobre pesquisa ambiental
é muito positiva: "O Brasil está
tendo um papel de liderança na proteção
ambiental e na geração de conhecimento
sobre o meio ambiente", disse.
Liderado pelo Brasil, o LBA é coordenado
pelo INPA desde 1998. No trabalho de coleta de dados,
que é realizado em toda a bacia Amazônica
e em parte do Cerrado, são utilizadas torres,
balões, radares, satélites, aviões
e outros instrumentos de medição.
Os dados coletados são armazenados no INPE.
O Diretor do INPA, Dr. José Gomes, disse
que a visita da Nasa simboliza a importância
desse programa para o Brasil, para a Amazônia
e para o planeta. Outro aspecto interessante assinalado
por Gomes é que não há restrição
das informações coletadas pelo LBA:
"Elas são públicas. No entanto,
a maioria desses dados são informações
brutas que precisam ser processadas por pesquisadores
que depois as repassam para o público".
Ghassem Asrar falou que os dados coletados ajudarão
na elaboração de novos modelos de
comportamento para que as próximas gerações
possam ter seu futuro assegurado. "Existem
200 milhões de estrelas, e, entre elas apenas
na Terra existe vida. A Ciência quer saber
porque isso acontece", disse.
Hoje (01) os onze integrantes acordaram cedo, às
05:00h, e na companhia do Diretor do INPA, visitaram
a torre do LBA na ZF-2, encerrando sua visita ao
Brasil. Na seqüência, viajam para a Argentina.
Fonte: Amazônia ORG (www.amazonia.org.br)
INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(www.inpa.gov.br)
Assessoria de imprensa