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APREENDIDO
MOGNO NO PORTO DE BELÉM
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2004
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Denúncia anônima
a Receita Federal levou agentes dos Ibama e policiais
do Batalhão de Policiamento Ambiental do
Pará(BPA) à descoberta de 88,090 metros
cúbicos de mogno (Swietenia macrophylla)
da empresa exportadora Indústria Comércio
de Madeiras Nossa Senhora de Fátima Ltda,
com sede em Redenção, sul do Pará.
A carga seria embarcada no navio Mol Brasília
como Jatobá - avaliado em 71 mil reais e,
entregue, a uma empresa de fachada de nome Maderas
Nacionales, na Ilhas Virgens Britânicas, no
Caribe.
Quando o produto florestal foi vistoriado pelos
fiscais descobriu-se que era mogno, avaliado em
R$ 1 milhão e classificado como FAS - nomenclatura
que indica que a madeira é de excelente cotação
no mercado internacional alcançando até
R$ 1.8 mil o metro cúbico. O despachante
da carga desapareceu e está sendo procurado
pela Receita e Polícia Federal. A empresa
foi autuada em R$ 45 mil e lacrada pelo IBAMA, em
Redenção, sul do Pará, a 900
km da capital Belém.
Segundo o gerente executivo do IBAMA no Pará,
Marcílio Monteiro este é o indício
de que a máfia do mogno continua agindo através
de novas empresas e novos personagens como laranjas.
Existem novas rotas para o contrabando da espécie
partindo da Amazônia para o Caribe. Vamos
investigar tudo isso e chegar aos culpados, garante
Monteiro. Documentos da empresa apontam que Antônio
da Silva Ferreira, Maria Aurismar Guimarães,
Raimundo Adair Magalhães Nascimento, Antônio
Litácio Brasileiro de Carvalho e João
Gomes Soares são sócios da empresa
exportadora em Redenção (PA).
Investigações em curso revelam outras
pessoas como os reais proprietários da empresa
neófita na rota do contrabando do mogno.
A extração, beneficiamento, transporte,
comercialização e exportação
do mogno estão proibidas pelo governo brasileiro
desde 2001. Em 2003, o Ibama editou as portais 6
e 7 que tratam das novas regras para a elaboração
de PMFS - Planos de Manejo Florestal Sustentável
(PMFS) para a espécie mogno.
Fonte: Amazônia ORG (www.amazonia.org.br)
Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa