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LULA HOMOLOGA
TERRA DOS ÍNDIOS MUNDURUKU
Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2004
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O presidente Luiz
Inácio Lula da Silva assinou decreto homologando
a terra indígena Munduruku, de Jacareakanga,
no Pará. Na área, de 2,381 milhões
de hectares, vivem sete mil índios. O decreto
de homologação foi publicado no Diário
Oficial da União de sexta-feira passada (27)
A homologação coroa o processo de
preservação da cultura Munduruku,
luta que se arrasta desde a década de 40,
quando a 2ª Inspetoria Regional do Serviço
de Proteção do Índio requereu
ao governo paraense uma reserva de terras para esses
índios. Na época, foram demarcados
apenas cerca de 510 mil hectares.
Durante vários anos os índios reivindicaram
a ampliação do seu território,
já que a área era insuficiente para
a reprodução física e cultural
do grupo. Em 1977, estudos respaldaram as reivindicações
dos índios e a terra indígena foi
delimitada já com uma superfície próxima
da atual. Mas foi apenas 21 anos depois que o território
foi declarado como posse permanente dos Munduruku.
Os limites da reserva foram demarcados em 2002.
As primeiras referências aos Munduruku, povo
do grupo Tupi, datam do século XVIII, e registram
a extensa área por eles habitada, entre os
rios Madeira e Tocantins. O povo ficou conhecido
por sua tradição guerreira, fama constatada
pelos relatos dos comandantes das expedições
organizadas para destruir os aldeamentos da comunidade
ao longo dos rios Madeira, Tapajós, Xingu,
Pacajá, Jacundá e Tocantins.
As informações sobre os Munduruku
se tornam ainda mais numerosas durante o século
XIX, quando militares como o capitão Francisco
Ribeiro, Antonio Ladislau Monteiro Baena, coronel
Cerqueira, além de viajantes e naturalistas
que percorreram a região, testemunham a presença
do grupo.
A história dos Munduruku é marcada
pela participação na Cabanagem, revolução
ocorrida na década de 1930, contra os cabanos
do Tapajós e Madeira. Eles também
tiveram participação em inúmeros
conflitos que se estenderam dos anos da Independência
até o movimento nativista de 1832 e a cabanagem.
As informações são do Ministério
da Justiça.
Fonte: Amazônia ORG (www.amazonia.org.br)
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Assessoria de imprensa (Milena Galdino)