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MORRE JULIO
GAIGER, EX-PRESIDENTE DA FUNAI
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2004
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Presidente
da Fundação Nacional do Índio
(Funai) entre março de 1996 e julho de 1997,
morreu na última sexta-feira (27/2) em Brasília,
em conseqüência de um acidente de moto.
O advogado gaúcho
Júlio Marcos Germany Gaiger morreu no dia
27 de fevereiro, em Brasília, aos 47 anos,
em conseqüência de um grave acidente
de moto que sofreu no início do ano. Ligado
à questão indígena desde 1977,
quando dirigiu a Associação Nacional
de Apoio ao Índio em Porto Alegre, Gaiger
foi assessor jurídico do Cimi até
1991 e trabalhou como assessor na Comissão
de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias
da Câmara. Foi um dos primeiros a ser contratado
por concurso público para trabalhar na então
recém-criada comissão.
No Cimi, desempenhou importante papel da defesa
dos direitos indígenas atuando em casos emblemáticos.
Um deles foi a demarcação da TI Toldo
Chimbangue dos índios Kaingangue (SC). Destacou-se
ainda como assessor nos trabalhos da Assembléia
Nacional Constituinte, com forte atuação
na formulação do capítulo referente
aos índios.
Autor de vários textos de análise
sobre a questão indígena no Brasil,
entre eles destacam-se Para os índios fazerem
mais festas, no qual enfoca os dilemas da inserção
dos índios nas atividades econômicas
dos brancos para poderem gerar renda para suas comunidades.
Assumiu a presidência da Funai em substituição
a Márcio Santilli, indicado pelo então
ministro da Justiça, Nelson Jobim, em março
de 1996 e deixou o órgão em junho
de 1997. De lá para cá, voltou a trabalhar
na Comissão de Meio Ambiente e Minorias da
Câmara dos Deputados, onde acompanhou diversos
projetos de interesse dos índios como o de
saúde indígena, mineração
em Terras Indígenas e o novo Estatuto do
Índio. Júlio Gaiger foi sepultado
em Porto Alegre.
Fonte: ISA – Instituto Socioambiental
(www.socioambiental.org.br)
Assessoria de imprensa