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ORGANIZAÇÕES
INDÍGENAS CONVENIADAS CONTESTAM NOVO
MODELO DE SAÚDE INDÍGENA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2004
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Na sexta-feira (27/2),
representantes das associações indígenas
conveniadas à Funasa, reunidos com o presidente
da órgão federal, rechaçaram
o autoritarismo com que o processo foi conduzido
e contestaram a forma como o governo decidiu fazer
alterações, sem considerar a experiência
e avanços acumulados com a participação
de povos e organizações indígenas.O
novo modelo de saúde indígena proposto
pela Fundação Nacional da Saúde
(Funasa) continua dando pano para manga. A primeira
organização a não aceitar o
novo modelo foi a Urihi – Saúde Yanomâmi,
que rompeu o convênio com o governo.
Na sexta-feira à tarde, 27/2, depois de reunião
em Manaus com o presidente do órgão
federal, Valdi Camarcio Bezerra, as organizações
conveniadas, entre elas, a Coordenação
das Organizações Indígenas
da Amazônia Brasileira (Coiab), Federação
das Organizações Indígenas
do Rio Negro (Foirn), Conselho Indígena de
Roraima (Cir), Coordenação da União
das Nações e Povos Indígenas
de Rondônia, Norte de Mato Grosso e Sul do
Amazonas (Cunpir), Conselho Geral da Tribo Ticuna
(CGTT), Conselho Indígena do Vale do Javari
(Civaja) e União das Nações
Indígenas de Tefé(Uni – Tefé),divulgaram
documento no qual lamentam que a Funasa não
tenha discutido com as organizações
indígenas as definições dos
rumos corretos da política de saúde
indígena do atual governo.
Também ressaltam que não assumirão
sozinhas a culpa por deficiências e falhas
dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas
(DSEIs), já que a Funasa não cumpriu
integralmente o papel que lhe cabia. Na carta, as
organizações indígenas estranham
ainda que as críticas da Funasa sejam dirigidas
somente a elas e não às prefeituras,
que cometem “graves erros na administração
e gerenciamento dos recursos destinados à
saúde indígena".
Fonte: ISA – Instituto Socioambiental
(www.socioambiental.org.br)
Assessoria de imprensa (Fernando Mathias e Henry
Novion)