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PRAIA DE
GUAECÁ CONTINUA IMPRÓPRIA
POR CAUSA DE VAZAMENTO DE ÓLEO
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Março de 2004
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A Praia de Guaecá,
em São Sebastião, apesar de já
se encontrar limpa do óleo vazado do duto
da Petrobras, foi considerada imprópria para
banho. Trata-se de uma medida de precaução
da CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental, em virtude da presença de óleo
ao longo do Rio Guaecá que desemboca junto
à praia.
A preocupação dos técnicos
da CETESB refere às chuvas que, se ocorrerem
com a intensidade das dos últimos dias, poderá
provocar novo extravazamento das barreiras de contenção
colocadas em vários pontos do rio, fazendo
com que o óleo volte a atingir o mar e praia.
Por esse motivo, foi implantado um dique com registro
no Rio Guaecá, para controlar a vazão
permitindo que apenas as águas do fundo do
leito escorram, contendo o óleo que se mantém
na superfície. Cerca de outras 20 barreiras
de contenção e de absorção
continuam instaladas em vários pontos do
rio, onde uma frota com sete caminhões com
sistemas de sucção a vácuo
continuam retirando o óleo.
Em pontos mais distantes, a mais de 5 quilômetros
do Rodovia Rio-Santos, onde os caminhões
não têm acesso, a retirada está
sendo efetuada por uma equipe de 54 pessoas, que
utilizam bombonas plásticas de 20 litros
carregando-as por trechos de até 3 quilômetros
em meio à vegetação. Só
ontem (26/2) esse grupo recuperou cerca de 500 litros
de óleo.
Remediação
A Petrobras, atendendo
a uma exigência da CETESB, contratou a empresa
Geoklock que já iniciou uma investigação
hidrogeológica preliminar para apurar a extensão
do impacto causado pelo vazamento no oleoduto da
Petrobras, que liga o Terminal Almirante Barroso,
em São Sebastião, à Refinaria
Presidente Bernardes, em Cubatão.
O objetivo dessa sondagem é avaliar o índice
de contaminação do lençol freático
e das águas subterrâneas, a dimensão
e a geometria da pluma residual de óleo e
também as características do solo,
para a elaboração de um projeto de
remediação dos danos causados.
O Instituto Florestal, órgão da Secretaria
do Meio Ambiente do Estado, responsável pelo
Núcleo São Sebastião do Parque
Estadual da Serra do Mar, está fazendo um
levantamento da área atingida pelo vazamento
de óleo, utilizando imagens de satélite
e um instrumento denominado GPS – Global Positionning
System, para orientar as providências que
deverão ser tomadas para a recuperação
ambiental.
A CETESB estuda a penalidade a ser aplicada à
Petrobras, bem como as exigências a serem
impostas para evitar que acidentes dessa natureza
voltem a acontecer. Com essa finalidade, está
solicitando os relatórios dos sistemas de
segurança utilizados pela empresa em relação
ao oleoduto.
Fonte: Cetesb (www.cetesb.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa