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AUSÊNCIA
DO ESTADO É MOTIVO DE ASSASSINATO
NO PARÁ
Panorama
Ambiental
Manaus (AM) - Brasil
Julho de 2004
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O
coordenador da Campanha Amazônia do
Greenpeace, Paulo Adário, culpou a
ausência do Estado brasileiro na região
pela morte de Adilson Prestes, assassinado
a tiros de fuzil em frente a sua casa em Novo
Progresso, na manhã de sábado.
“Apenas com o fortalecimento das instituições
públicas na região amazônica
este tipo de crime poderá ser evitado
no futuro”, disse Adário. “Enquanto
reinar a impunidade, o Pará continuará
sendo o campeão da violência”,
afirmou. |
Prestes
havia denunciado, no ano passado, ao Ibama,
ao Ministério Público Estadual
e ao Ministério Público Federal,
o suposto envolvimento de políticos
e madeireiros da cidade de Novo Progresso,
no oeste do Pará, com a grilagem de
terra e a exploração ilegal
de mogno em áreas indígenas
e terras da União.
Em uma entrevista à TV Globo gravada
em Belém, em 2003, ele denunciou a
ação do grupo e disse que estava
sendo ameaçado: "A gente vem denunciando
esses trabalhos escusos e tem sofrido várias
ameaças".
Prestes chegou a desenhar um mapa indicando
os locais da exploração de mogno
e apontou a existência de um cemitério
clandestino. Na época, ele revelou
também que sua mulher havia desaparecido
em circunstâncias misteriosas. |
Segundo reportagem
exibida pelo Jornal Nacional, da TV Globo, no sábado,
o promotor que investigou o caso acha que houve
omissão. De acordo com a reportagem, a Polícia
Civil do Pará teria aberto inquérito
para apurar as denúncias do pecuarista, mas
o delegado encerrou as investigações
sem indiciar ninguém.
O relatório Observatório da Cidadania,
do Faor (Fórum da Amazônia Oriental),
afirma que, em 2003, Adilson Prestes ficou 39 dias
preso e foi torturado pela polícia do Pará.
As informações constam do capítulo
“Impunidade, Uma Realidade Permanente”, da publicação.
Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa
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