ILEGALIDADES
DIFICULTAM EQUILÍBRIO ENTRE DESENVOLVIMENTO
E MEIO AMBIENTE, DIZ PRESIDENTE DO IBAMA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Julho de 2004
O percentual de
ilegalidade na extração de madeira
da Amazônia, cerca de 90%, dificulta o equilíbrio
entre desenvolvimento e meio ambiente. A informação
é do presidente do Ibama (Instituto Brasileiro
de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis),
Marcos Barros.
Em entrevista ao programa "Revista Brasil",
da Rádio Nacional AM, ele também respondeu
às acusações de demora e rigidez
na concessão de licenças ambientais,
por parte de alguns setores da indústria.
Marcos Barros lembrou que o Ibama concede licença
apenas a obras de grandes efeitos ambientais ou
que envolvam mais de um estado, às perfurações
de petróleo e gás e hidrelétricas.
"Neste ano forneceremos mais ou menos 200",
calculou. E explicou que "as demais são
de responsabilidade dos estados e municípios".
Barros chamou atenção para a quantidade
de licenças concedidas pelos estados: "Recentemente
visitei um estado que já concedeu, neste
ano, 3 mil licenças." E informou que
no ano passado o Ibama negou duas autorizações
a grandes hidrelétricas, uma em São
Paulo e outra no Tocantins. "Uma das construções
previa o deslocamento de populações
descendentes dos antigos habitantes de quilombos",
justificou.