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SATÉLITE
LANÇADO NA CHINA APONTARÁ
QUEIMADA NA AMAZÔNIA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Julho de 2004
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As queimadas na
Amazônia, neste ano, serão monitoradas
em faixas de até seis quilômetros quadrados
de área, por meio de satélite lançado
pelo Brasil, na China, em outubro passado. A informação
foi dada pelo ministro da Ciência e Tecnologia,
Eduardo Campos, em entrevista hoje ao programa de
“Revista Amazônia”, da Rádio Nacional
da Amazônia. O ministro garantiu que ao perceber
modificação no trecho específico
da floresta, seja de foco de calor ou de desmatamento,
o satélite repassará imediatamente
os dados para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
(Ibama), por meio do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe).
Na mesma entrevista, Campos também informou
que o Centro de Biotecnologia da Amazônia
(CBA), cujo prédio foi inaugurado em dezembro
de 2002, “terá nos próximos 60 dias
pessoal devidamente contratado e funcionando”. Quanto
à Base de Lançamento de Satélites
de Alcântara, no Maranhão, disse que
tudo está programado para o próximo
lançamento, em julho de 2006. ”O Brasil ficará
entre os 10 países do mundo com programa
espacial de porte avançado”, assegurou.
A inclusão digital foi outro ponto abordado
pelo ministro da Ciência e Tecnologia, que
destacou o esforço do governo federal para
“a redução no preço dos computadores”,
pelas empresas do setor. O quadro, segundo Campos,
se completa com o “gradual uso do software livre”,
com as linhas de crédito especiais para que
professores do interior possam comprar computadores
e com a instalação de telecentros,
providos de Internet banda larga, em regiões
mais isoladas da Amazônia e do Nordeste.
Programa
O novo presidente
da Agência Espacial Brasileira, o engenheiro
civil Maurício Guadenzi, já está
envolvido na reativação da Base de
Lançamentos de Alcântara, no Maranhão,
segundo informou o ministro Eduardo Campos, a fim
de cumprir o prazo até o final de 2006 determinado
pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O programa espacial brasileiro está mantido,
disse. E acrescentou, citando o exemplo da ação
sobre o clima e o tempo: “O satélite tem
uma ação direta, nem sempre vista,
na vida do cidadão, quando favorece o apoio
ao agronegócio, à agricultura familiar
e à redução do seguro-safra,
além de sua importância no ensino à
distância, na medicina e para a segurança
nacional."
Eduardo Campos disse ainda que mais de 150 institutos
de todo o mundo estão interessados em comprar,
da China e do Brasil, imagens do satélite
lançado em outubro. E garantiu que as imagens
sobre a Amazônia serão de uso nacional.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Eduardo Mamcasz, da Rádio Nacional da Amazonas