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MELHORA
A SITUAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL
EM SP, DIZ RELATÓRIO DA SMA
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Junho de 2004
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Os
indicadores de qualidade ambiental mostram
que, no Estado de São Paulo, houve
a expansão da cobertura vegetal, registrou-se
uma melhora nos sistemas de tratamento do
lixo e ocorreu o controle adequado das emissões
atmosféricas industriais. Além
disso, na Região Metropolitana de São
Paulo, os índices da qualidade do ar
mostram predomínio de classificações
Boa e Regular.
Estes são alguns dos pontos apresentados
pelo Relatório de Qualidade Ambiental
do Estado de São Paulo – 2003, divulgado
nesta terça-feira (8/6) pela Secretaria
do Meio Ambiente o Estado – SMA. O documento
reúne informações sobre
os recursos hídricos, solo, ar, biodiversidade
e controle ambiental em São Paulo,
no período de 1997 a 2002, complementadas
com dados sobre o planejamento ambiental para
o Estado, com base no Plano Plurianual 2004-2007. |
José
Jorge
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O
documento foi publicado, na íntergra,
no Diário Oficial do Estado também
desta terça-feira e se encontra disponível
no site www.ambiente.sp.gov.br.
O secretário do Meio Ambiente, professor
José Goldemberg, não só
destacou as melhorias ambientais recentes
constatadas no Estado, como também
a importância do documento, “que apresenta
dados e informações fundamentais
para aqueles que ocupam cargos públicos
e precisam tomar decisões”. O secretário
lembrou que os dirigentes “terão condições
de verificar como está ocorrendo a
evolução das condições
ambientais de um ano para outro e saber o
que está melhorando ou piorando, dispondo
de maiores referências para se certificar
dos erros e acertos de suas decisões”. |
Por seu
lado, Lucia Sena, responsável pela Coordenadoria
de Planejamento Ambiental Estratégico e Educação
Ambiental – CPLEA, da SMA, explicou que o relatório
foi elaborado com base em informações
geradas pelos diversos órgãos subordinados
ao sistema ambiental de São Paulo e mais
13 secretarias estaduais, entre outras fontes de
pesquisa e coleta de dados. Lembrou, ainda, que
o documento deverá ser atualizado anualmente
e que já a partir do ano que vem, além
da ampliação de dados, com informações
fornecidas por outras instituições
do setor público, de pesquisa e da própria
sociedade civil, o relatório deverá
aprofundar o entendimento da relação
direta entre os vários indicadores envolvidos
no levantamento.
Além dos representantes da SMA, estiveram
também presentes ao seminário de divulgação
do relatório de qualidade ambiental, o secretário
adjunto da Secretaria de Estado dos Transportes,
Paulo Tromboni de Souza Nascimento; o superintendente
de Planejamento da CDHU - Companhia de Desenvolvimento
Habitacional de São Paulo, Eduardo Trani;
o coordenador de Energia e o assessor de gabinete
da Secretaria de Estado de Energia, Recursos Hídricos
e Saneamento, respectivamente, Armando Shalders
Neto e Antonio Marsiglia Netto; e o tecnólogo
Alexandre Liazi, da Diretoria de Recursos Hídricos
do DAEE - Departamento de Águas e Energia
Elétrica. A apresentação do
relatório foi feito pela engenheira Laura
Stela Naliato Perez, assessora da CPLEA.
Indicadores ambientais
Entre outras informações
e indicadores contidos no relatório, pode-se
verificar que o Estado de São Paulo é
responsável por quase metade do lixo coletado
diariamente no país, ou seja, 105.582 toneladas
diárias. Somente na Região Metropolitana
de São Paulo, coletam-se 83.066,90 toneladas.
Já analisando-se o perfil da coleta, observa-se
que as maiores parcelas são representadas
pela modalidade porta a porta, remoção
de entulhos e coleta especial. Acoleta seletiva
e a reciclagem ainda não respondem significativamente
em todo o Estado.
Quanto à disposição final
dos resíduos gerados em áreas urbanas,
fazendo uma análise comparativa, por UGHRI
- Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos,
para os anos de 1997 e 2002, fica evidente o avanço
ocorrido no Estado de São Paulo. Com relação
aos dados apresentados no Inventário Estadual
de Resíduos Sólidos Domiciliares,
produzido pela CETESB - Companhia de Tecnologia
de Saneamento Ambiental, nesse período,
observa-se melhora expressiva: em 1997, apenas
25 municípios dispunham de sistemas considerados
adequados, e em 2002, esse número havia
se ampliado para 277. Por outro lado, o número
de municípios operando em condições
inadequadas caiu de 508 para 202.
Outros dados do relatório, relativos à
biodiversidade no Estado, mostram que São
Paulo tem uma área remanescente total de
3.457.301 hectares, tendo havido um crescimento
de 3,80% em relação ao levantamento
realizado em 11000/1991. As maiores concentrações
de vegetação natural remanescente
encontram-se no Litoral e na Região Administrativa
de Sorocaba, com 1.190,377 hectares (34,43%) e
732.956 hectares (21,2%), respectivamente.
Entre os pontos, ainda positivos, verificados
no documento, destacam-se os dados relativos ao
monitoramento da qualidade do ar na Região
Metropolitana de São Paulo, entre 1997
e 2002, com predomínio das categorias Boa
e Regular, e a queda no percentual de veículos
diesel desregulados que circulam no Estado, que
de 45%, em 1995, reduziu-se para 5,8% em 2003.
O relatório também mostra que existem
problemas a serem enfrentados com maior vigor,
notadamente ligados ao tratamento de esgoto, ao
envelhecimento da frota veicular e à escassez
de água para abastecimento público.
Fonte: SMA – Secretaria Estadual
do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Mário Senaga)
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