MUDANÇAS CLIMÁTICAS JÁ SÃO SENTIDAS NO PAÍS, DIZ ESPECIALISTA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2004

Consideradas o maior desafio da Humanidade para os próximos anos, as mudanças climáticas estão inseridas hoje na pauta de interesse e preocupação não apenas de estudiosos, mas também de governos de países de todo o mundo.
Com o objetivo de conscientizar e mobilizar a sociedade brasileira para agregar esforços visando a recuperação do meio ambiente e a redução da emissão de gases que contribuem para o efeito estufa, permitindo a reversão do quadro atual, se realiza hoje na Câmara dos Deputados, o seminário “Mudanças Climáticas:Desafios e Oportunidades”.
Para o pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Carlos Nobre, que proferiu pela manhã a palestra "Aspectos técnicos do aquecimento global", é fundamental que o Parlamento brasileiro comece a prestar mais atenção para a questão das mudanças climáticas globais, porque elas não são algo distante e que, eventualmente, afetam o Brasil.
“As mudanças climáticas globais já chegaram e têm repercussão no Brasil”, disse Nobre. Ele sugere que o Parlamento comece a se informar e se posicionar, “uma vez que há uma série de políticas públicas de adaptação às mudanças climáticas que estão vindo e também de diminuição de seus impactos negativos”. No Brasil, segundo Nobre, a principal fonte de emissão de gases do efeito estufa são as alterações da vegetação, principalmente os desflorestamentos da mata amazônica.
Indagado sobre a relação do fenômeno meteorológico Catarina, ocorrido na região Sul há dois meses, e os distúrbios climáticos mundiais, Nobre salientou que “aquilo foi classificado como o primeiro furacão a ser registrado no Atlântico Sul”. Para ele, se por um lado a Ciência não pode concluir definitivamente que é devido às mudanças climáticas, “existe uma grande possibilidade de esse fenômeno já ser uma primeira manifestação das mudanças climáticas e nos afetando bastante.”
O pesquisador explicou que o Protocolo de Kyoto é uma primeira iniciativa, “ainda muito tímida”, de acordo entre os países desenvolvidos, que são responsáveis por 65% de todas as emissões dos gases que causam aumento do efeito estufa, de até 2012, reduzirem em 5% as suas emissões em relação ao emitido em 11000. “É muito pouco porque para estabilizarmos o clima do planeta precisamos reduzir essas emissões em 60%. Para Nobre, no entanto, essa primeira demonstração de boa vontade “infelizmente corre um sério risco de não ser implementada, devido a recusa dos Estados Unidos em aderir ao Protocolo”.
Na opinião do ex-deputado Fábio Feldmann, secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, o tema é muito sério e afetará o Brasil dentro em breve. Temos que conhecer muito bem quais são os impactos no nosso país e trabalharmos para evitar problemas advindos desses fenômenos.
Do ponto de vista do mercado de carbono, ele acredita que o Brasil pode se beneficiar na medida em que se preparar para isso. “Dessa forma, poderemos ser investidores e exportadores de carbono”. Para isso, segundo Feldmann, “o país tem que estabelecer suas regras e, mais do que isso, tem que ter consciência de que está diante de uma oportunidade e que esse é um mercado muito competitivo”.

Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Benedito Mendonça

 
 
 
 

 

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