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ÓRGÃOS
DA SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE QUER MELHORAR
COMUNICAÇÃO COM O MP
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasi
Março de 2004
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José
Jorge/SMA
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A
comunicação constitui o ponto
crucial nas relações entre os
órgãos fiscalização
e controle da Secretaria do Meio Ambiente
do Estado – SMA e o Ministério Público
- MP. Esta a conclusão a que chegaram
os participantes do I Encontro de Integração
e Definição Conjunta de Estratégia
de Trabalho, envolvendo representantes dos
dois órgãos, realizado nesta
sexta-feira (5/3) em Ubatuba.
O encontro, que debateu o tema “A Ação
dos Órgãos Ambientais e o Ministério
Público”, contou com a presença
de Fernando Rei, diretor de Controle da Poluição
Ambiental da Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental – CETESB, Daniel Fink, coordenador
do Centro de Apoio Operacional das Promotorias
de Justiça de |
Meio Ambiente
e Urbanismo, Maria Cecília Wey de Brito,
diretora geral do Instituto Florestal, e capitão
Eugênio Campos Jr., comandante da 3ª
Companhia do 3º Batalhão da Polícia
Militar Ambiental, com base no Litoral Norte do
Estado.
A convite da organização, a reunião
contou ainda com a participação dos
advogados Nelson Terra Barth, do Instituto Nacional
de Estudos Ambientais Avançados – INEAA,
e Antonio José Loureiro Cerqueira Monteiro,
do Escritório de Advocacia Pinheiro Neto.
O objetivo do encontro foi o de estabelecer estratégias
de convivência, buscando a cooperação,
entre os órgãos envolvidos na questão
ambiental, como preconizou o secretário estadual
do Meio Ambiente, professor José Goldemberg,
em congresso dos promotores públicos, realizado
em Amparo, no final do ano passado. Goldemberg enfatizou
a necessidade de uma atuação organizada,
de forma que um órgão complemente
as ações de outro.
A busca do diálogo
O diretor de Controle da CETESB,
Fernando Rei, ressaltou a necessidade “buscar
o diálogo, estabelecendo a necessária
sinergia entre as instituições,
para tornar os órgãos eficientes
com os recursos disponíveis”. Fazendo referência
às propostas de parcerias público-privadas
que vêm sendo discutidas em âmbito
nacional, afirmou a necessidade de “criar parcerias
públicas-públicas”.
Lembrou, ainda, que o Ministério Público
por meio de um instrumento denominado Termo de
Ajustamento de Conduta – TAC, firmado com os que
infringem a legislação, obriga empreendedores
a compensarem eventuais danos por meio de ações
de remediação, educação
ambiental ou mesmo de criação de
unidades de conservação.
O promotor público Daniel Fink enfatizou
que “os pensamentos nos vários institutos
podem divergir, mas que há em comum aa
busca da melhor maneira de aplicar as leis”. No
seu entender, todos os órgãos sofrem
com a insuficiência de recursos humanos
e materiais, mas que “é preciso unir os
esforços, estabelecendo mecanismos de ação
regional”.
Comunicação
Os técnicos das várias
instituições vinculadas à
Secretaria do Meio Ambiente foram unânimes
em apontar a deficiência na comunicação
com o Ministério Público como um
problema grave a ser contornado. Segundo Sylvio
Bohn, gerente da Agência Ambiental de Ubatuba,
da CETESB, afirmou que, em 2003, essa unidade,
com um quadro de três técnicos, elaborou
140 informações técnicas
a pedido da promotoria pública sem, no
entanto, obter nenhuma resposta. A mesma opinião
tem Viviane Buchianeri, que coordena as ações
do Instituto Florestal no Litoral Norte. A sua
opinião é de que há necessidade
de se estabelecer prioridades para formular um
programa de trabalho conjunto entre os órgãos
ambientais e o Ministério Público.
Tanto Viviane como Ivan Silva de Oliveira, do
Escritório Técnico do Departamento
Estadual de Proteção dos Recursos
Naturais – DEPRN, e o capitão Eugênio
Campos, mostram que há uma grande demanda
de seus serviços por parte do Ministério
Público. Em São Sebastião,
por exemplo, o Instituto Florestal atendeu, no
decorrer de 2003, a 20 pedidos de informações
do Ministério Público, além
de 15 do Poder Judiciário e 5 da Polícia
Civil.
Ivan salienta a equipe do DEPRN, em Ubatuba, abre
uma média de 360 processos por ano, dos
quais cerca de 40% decorrem de solicitações
do Ministério Público, Delegacia
de Polícia e Poder Judiciário. Em
2003, a equipe de São Sebastião
abriu 318 processos, dos quais 43% decorrem de
pedidos dessas três instituições.
O capitão Eugênio disse que, nos
últimos seis meses, a Polícia Ambiental
da região recebeu 198 ofícios do
Ministério Público, que já
geraram 177 respostas. Esses ofícios resultaram
em 297diligências.
A promotora Elaine Taborda de Ávila, que
atua nos quatro municípios do Litoral Norte,
alegou que o Ministério Público
para instruir os processos “necessita de documentos
com a maior riqueza possível de informações”.
No entanto, concorda que é possível
agilizar e melhorar a comunicação
entre os órgãos, “derrubando as
barreiras burocráticas”.
Para isso, a promotora sugere que se elejam prioridades,
envolvendo inclusive o poder público municipal,
trabalhar com mais proximidade realizando, por
exemplo, vistorias conjuntas.
Ao final do encontro foi organizado um grupo de
trabalho, que recebeu a incumbência de produzir
um documento, sistematizando as propostas apresentadas,
no dia 23 de abril, e foi programado uma nova
reunião no dia 30 de abril.
Fonte: Secretaria Estadual de
Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa
Fotos: José Jorge
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