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IBAMA APREENDE
13 TONELADAS DE CIPÓ TITICA
Panorama
Ambiental
Macapá (AP) – Brasil
Julho de 2004
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O Ibama, em parceria
com a Polícia Federal, apreendeu 13 toneladas
de cipó titica no Amapá. Após
denúncia anônima, na última
sexta-feira, o Ibama acionou a Delegacia de Crimes
Ambientais da Polícia Federal.
O cipó seria embarcado no mesmo dia com destino
ao Rio de Janeiro. O condutor da carreta apresentou
uma Autorização para Transporte de
Produtos Florestais - ATPF em nome da empresa situada
no Canal das Pedrinhas, E.C.D. Silva – ME. A autorização
seria para transporte de madeira serrada.
Além da empresa detentora da autorização
não ser a mesma que estava praticando crime
ambiental, a ATPF estava em desacordo com o produto
que estava sendo transportado.
A Polícia Federal, por meio da Delegacia
de Meio Ambiente, efetuou todos os procedimentos
relacionados a apuração criminal.
O Ibama lavrou o auto de infração
no valor de R$ 1.300 milhão. O cipó
titica tem grande aplicação artesanal
na confecção de cestas, derivados
e móveis em geral.
Em 2000, foi determinada por meio da Portaria Estadual
nº 194/2000, de 23/08/2000, a proibição
da extração do cipó-titica
durante cinco anos, com fins à exportação,
devido à sua crescente exploração
e objetivando garantir o tempo necessário
para que houvesse a renovação natural
dos estoques na floresta, pois é extremamente
necessário o estabelecimento de técnicas
que garantam sua sustentabilidade.
Essa preocupação é subsidiada
pelos resultados apresentados pelo Instituto de
Pesquisas Científicas e Tecnológicas
do Amapá – IEPA com relação
à possibilidade de sua extinção
em função da prática de exploração
predatória da espécie, pois em alguns
casos, os cipós são arrancados com
máquinas que enrolam e puxam o cipó
de forma violenta, prejudicando as outras espécies
que ficam sem condições de recuperação.
O produto tem sua importância para a economia
local e existe a preocupação de garantir
a exploração de forma racional, com
técnicas apropriadas que possibilitem a continuidade
da espécie e o seu uso sustentável.
É necessário incentivar os empresários
e artesãos locais para o beneficiamento do
produto no próprio estado, ou seja, ao invés
de se vender a matéria-prima bruta, vende-se
o produto beneficiado, em forma de móveis,
comentou Edivan Barros, gerente executivo do Ibama
no Amapá.
Os exportadores pagam cerca de R$ 2,00 pelo quilo
do cipó e revendem nas regiões Sul
e Sudeste por R$ 15,00 o quilo.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom