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CEARÁ
SEDIARÁ DEBATE SOBRE EDUCAÇÃO
DOS POVOS DO MAR
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2004
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A educação
dos povos do mar está em debate até
sábado (17) em Beberibe, no Ceará,
durante seminário que reúne professores,
estudantes, lideranças comunitárias,
pesquisadores, representantes das secretarias de
Educação e de departamentos de pesca
dos municípios litorâneos.
O encontro se propõe a socializar experiências
na área da educação e formação
de pescadores, promover diálogo com escolas
públicas e discutir um calendário
escolar apropriado aos pescadores e seus filhos.
“Queremos um currículo escolar adequado,
que leve em conta nossa realidade e nossa cultura”,
explica Henrique César Martins, coordenador
do projeto Escola dos Povos do Mar. Segundo ele,
o seminário também abrirá a
discussão sobre gestão da pesca e
alternativas de sustentabilidade, como apicultura
e turismo, para os municípios litorâneos.
Oito oficinas preparatórias foram realizadas
na região de Beberibe, com discussão
de propostas e escolha de representantes para o
seminário. O Ceará apresenta no seminário
o projeto Escola dos Povos do Mar, que prevê
a discussão, na escola, de tecnologias de
pesca, aqüicultura, navegação,
desenvolvimento sustentável, cooperativismo
e gestão da produção.
De Santa Catarina vem a experiência da Casa
Familiar do Mar, desenvolvida na cidade de São
Francisco do Sul com jovens de cinco municípios
litorâneos. Fundada em 1998, a partir da idéia
das casas familiares rurais surgidas na França
na década de 30, a Casa visa a formação
integral na comunidade pesqueira.
A experiência da Escola de Pesca de Piúma
é apresentada pelos representantes do Espírito
Santo no seminário. Criada em 1987, pela
Secretaria de Educação do estado,
a escola atende, em tempo integral, cem alunos dos
municípios de Guarapari, Anchieta, Piúma
e Itapemirim. Além das aulas do núcleo
comum (da 5ª à 8ª série),
os estudantes aprendem técnicas relacionadas
ao setor pesqueiro, como fabricação
e conserto de redes; uso de anzóis e iscas;
guarda e conserva de pescado; defumação
e produção de embutidos; projetos
de carpintaria; construção de embarcações;
técnicas de navegação; comercialização
de pescado e legislação pesqueira.
A escola oferece, ainda, educação
artística e ambiental, aulas de natação
e cursos abertos à comunidade, como processamento
do pescado, maricultura (criação de
frutos-do-mar), uso de novas tecnologias, artesanato,
meio ambiente, construção civil e
computação.
E a organização não-governamental
Projeto Cultural São Sebastião (SP)
aborda, com o projeto Universidade Aberta do Mar,
a questão ambiental de forma multidisciplinar,
por meio de atividades nas áreas de cultura,
educação, comunicação,
pesca, agricultura e extrativismo, biologia, oceanografia,
clima, ciências florestais, turismo, direito
do mar e ambiental.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
As informações são do Ministério
da Educação