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GOVERNO
FAZ CAMPANHA PARA COMBATER MEXILHÃO
DOURADO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2004
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O Ministério
do Meio Ambiente inicia no dia 22 uma campanha nacional
de combate ao mexilhão dourado (Limnoperna
fortunei) para difundir informações
sobre os problemas causados pela invasão
do molusco e a necessidade de conter sua expansão.
A campanha também apresentará o Plano
de Ação Emergencial, aprovado pela
Força Tarefa Nacional para Controle do Mexilhão,
coordenada pela Secretaria de Qualidade Ambiental
do Ministério do Meio Ambiente e formada
por representantes dos ministérios da Agricultura,
Integração, Saúde, Transportes,
Minas e Energia e Marinha, governos estaduais e
empresas de saneamento e energia.
O Plano Emergencial prevê a utilização
de hipoclorito de sódio nas represas, onde
for detectada concentração de mexilhão
dourado, e tinta anti-incrustante nos cascos das
embarcações que transitam pelas áreas
afetadas. Durante a campanha, serão distribuídos
folders com orientações do plano e
informações sobre o Limnoperna fortunei.
Invasão
O
mexilhão dourado é um molusco originário
dos rios asiáticos, encontrado, geralmente,
fixado a substratos duros, naturais ou artificiais.
Em 1991 foi introduzido na Bacia do Prata, Argentina,
por meio da água de lastro de navios de carga.
No Brasil, o primeiro registro da presença
do mexilhão foi em 1998, na área do
Delta do Jacuí, em frente ao porto de Porto
Alegre, Rio Grande do Sul. Levantamentos recentes,
realizados por pesquisadores da PUC do Rio Grande
do Sul, da Universidade Estadual de Maringá
e da Embrapa/Pantanal confirmaram e ampliaram o
quadro geral da invasão do mexilhão
e dos seus problemas. Foi constatado a rápida
reprodução e a concentração
da espécie no Rio Grande do Sul, Paraná
e Pantanal.
O molusco invasor está provocando redução
de diâmetro e obstrução de tubulações
das companhias de abastecimento de água potável
e o entupimento de filtros das turbinas no setor
de geração de energia. Em conseqüência
disso, as empresas precisam fazer manutenções
específicas e mais freqüentes, com custos
extraordinários. A situação
também leva a mudanças nas práticas
de controle ambiental, na rotina de pesca de populações
tradicionais e prejudica o sistema de refrigeração
de pequenas embarcações.
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom