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PNUMA INAUGURA
ESCRITÓRIO DE REPRESENTAÇÃO
EM BRASÍLIA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2004
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A
partir de hoje, o Brasil passa a contar com um escritório
de representação do Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Sediado em
Brasília, o órgão vai trabalhar
em parceria com o Ministério do Meio Ambiente
e com agências e organizações
não-governamentais na implementação
de programas de proteção ambiental
e transferência de tecnologias.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou
da cerimônia de abertura do escritório,
instalado no 11º andar do Edifício Corporate
Financial Center. Em discurso, ela ressaltou a importância
desta integração para o desenvolvimento
sustentável do Brasil e para a consolidação
de novas parcerias em diversas ações
de governo.
Representando o Ministério das Relações
Exteriores, o embaixador Everton Braga ressaltou
que a instalação do escritório
terá um forte efeito multiplicador nas relações
entre o PNUMA e os órgãos ambientais
brasileiros. Para ele, o escritório marca
uma nova etapa na inserção da gestão
ambiental na política externa brasileira.
O escritório brasileiro é o terceiro
aberto este ano - recentemente o organismo instalou
representações na China e na Rússia
- e faz parte do processo de descentralização
destinado a ampliar o alcance regional do PNUMA.
Além de fortalecer a realização
de ações integradas, essa aproximação
facilita a identificação e definição
de projetos e atividades de gestão ambiental,
desenvolvimento sustentável e combate à
pobreza.
Relatórios
GEO e GIWA
Durante a cerimônia
de instalação do escritório
do PNUMA no Brasil também foram lançados
o relatório GEO América Latina e Caribe
2003 e os relatórios de avaliação
realizados pelo Programa de Avaliação
Global de Águas Internacionais (GIWA - sigla
em inglês).
O projeto Perspectivas do Meio Ambiente Mundial
(GEO - sigla em ingês), reúne dados,
indicadores e informações ambientais
atualizados sobre várias partes do mundo
e auxilia os formuladores de políticas públicas
a estabelecer prioridades de atuação
entre os vários problemas ambientais urgentes.
Resultado de pesquisas realizadas ao longo de mais
de dois anos, o relatório GEO avalia o estado
do meio ambiente, saúde dos ecossistemas
e da população na América Latina
e no Caribe, e apresenta perspectivas futuras utilizando
cenários e projeções.
De acordo com o GEO, a escassez de água e
a vulnerabilidade humana e dos ecossistemas tendem
a aumentar nos próximos 30 anos, caso não
ocorram mudanças significativas na forma
pela qual o desenvolvimento é visto e tratado
na região. O Relatório indica que
a América Latina e o Caribe devem seguir
um modelo diferente do adotado pelos países
desenvolvidos, priorizando a redução
do consumo e do desperdício mediante tecnologias
de produção mais limpas.
A metodologia GEO tem sido aplicada a vários
níveis geográficos, abrangendo desde
relatórios regionais até relatórios
municipais, como o Geo Rio de Janeiro. O Brasil
tem se destacado como um dos países mais
ativos na utilização de tal metodologia
- o GEO Brasil foi lançado em 2002, durante
a Conferência Mundial sobre Desenvolvimento
Sustentável realizada em Joanesburgo, na
África do Sul.
O Projeto GIWA analisou as zonas costeiras e recursos
vivos associados (ecossistemas aquáticos,
estoques pesqueiros, poluição, modificações
de habitat e mudanças globais) de 66 regiões,
sendo que quatro delas incluem o território
brasileiro. Além da avaliação
estratégica de impactos, o projeto inclui
a identificação de problemas ambientais,
principais causas e a seleção de políticas
prioritárias de intervenção.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Maurício Cardoso