USO DE CAÇOEIRA
NA PESCA DA LAGOSTA FICA PROIBIDO NO LITORAL
BRASILEIRO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Abril de 2004
Com o fim do período
de defeso da lagosta no dia 1 de maio, o Ibama manterá
firme sua posição de proibir o uso
da caçoeira no litoral do país, onde
se pesca o crustáceo. A medida atingirá
todos os estados do Nordeste, o Pará e o
Espírito Santo. A caçoeira é
um equipamento de pesca que causa sérios
danos ao meio ambiente. Ao utilizá-la, os
pescadores recolhem lagostas abaixo do tamanho mínimo
permitido por lei, comprometendo as populações
do crustáceo. Além disso, a caçoeira
recolhe sedimentos do fundo do mar vitais para a
sobrevivência da lagosta.
A proibição da caçoeira tem
o objetivo de garantir o uso sustentável
da lagosta e a continuação da atividade
pesqueira para os próximos anos. Práticas
predatórias como o uso da caçoeira,
por exemplo, têm colocado em risco a sobrevivência
das duas espécies de lagosta que existem
no litoral brasileiro. Na década de 70, a
produção do crustáceo era de
11 mil toneladas por ano. No início dos anos
80, a produção caiu para 8 mil. Em
86, a marca despencou para menos de 5 mil toneladas.
Embarcações ilegais
A partir de maio, o Ibama fará uma intensa
fiscalização para checar o uso dos
equipamentos proibidos. A fiscalização
atingirá também as embarcações
ilegais que atuam na pesca da lagosta. Estima-se
que cerca de três mil embarcações
ilegais estejam em ação nas regiões
de distribuição dos crustáceos.
Além de apreender os barcos e os equipamentos
proibidos, o Ibama também multará
os infratores. As multas podem chegar a R$ 100 mil.