ATENAS IGNORA COMPROMISSOS AMBIENTAIS PARA AS OLIMPÍADAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Julho de 2004

30-07-2004 - Atenas (Grécia) - Embora o transporte público tenha melhorado na preparação para os Jogos, a Vila Olímpica não será suprida com fontes renováveis de energia, como a solar
Em termos ambientais, os Jogos Olímpicos de Atenas não avançaram em relação às Olimpíadas de Sydney e oferecem poucos projetos ambientalmente corretos. Essa é uma conclusão do relatório lançado ontem pelo Greenpeace na Grécia, “Jogos Olímpicos: ecológicos até que ponto?” (1). “Atenas está longe de aprender as lições das Olimpíadas de Sydney. A Grécia tem agido como se não houvesse um passado do qual se possa aprender”, disse Nikos Charalambides, do Greenpeace grego.
Quando Atenas ainda era uma cidade candidata a sediar a competição, a posição oficial das autoridades gregas era clara e direta: “Os Jogos Olímpicos são um desafio, assim como uma oportunidade, para a ampla implementação de programas e ações que sejam ambientalmente corretas e que estejam de acordo com os princípios do desenvolvimento sustentável (2)”.
O avanço ambiental dos Jogos Olímpicos de Atenas é muito fraco, com exceção dos meios de transporte públicos, que tiveram melhoras significativas por conta das Olimpíadas, e do comprometimento de alguns patrocinadores dos Jogos (Coca Cola, McDonald’s e Unilever) de usar equipamentos de refrigeração que utilizem gases naturais (3) e não destruam o clima da Terra.
O setor de energia limpa é a parte em que o fracasso é mais evidente. A intenção do Comitê Organizador de Atenas 2004 (Athoc) era de que toda a eletricidade usada nas instalações dos Jogos fosse gerada por fontes renováveis. No entanto, a energia limpa produzida e distribuída nesses locais é quase zero. As células fotovoltáicas para geração de energia solar, por exemplo, foram excluídas da Vila Olímpica e de outros locais.
“Essa lista de fracassos ambientais dos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 demonstra que não há vontade política. Atenas está muito atrás de Sydney no que diz respeito à performance ambiental dos Jogos”, disse Charalambides.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) tem a responsabilidade de assegurar que as Olimpíadas tenham impacto ambiental mínimo e deixem um legado positivo para aqueles que sediam os Jogos. O Comitê Organizador de Atenas 2004, entretanto, evitou qualquer tipo de disputa com o governo e autoridades no que diz respeito aos assuntos ambientais. O governo grego tinha o poder, o dinheiro e o tempo para definir padrões mínimos e assegurar que as Olimpíadas Verdes se tornassem uma realidade. No entanto, demonstrou que possui apenas uma visão de curto alcance, e fez apenas o mínimo necessário pela sustentabilidade. As autoridades públicas gregas demonstraram um grau altíssimo de indiferença, incompetência e falta de ação.
"O COI precisa garantir que determinadas diretrizes ambientais serão traçadas e respeitadas, de antemão, por cada cidade-sede dos Jogos Olímpicos (4) — diretrizes que deverão efetivamente ser respeitadas. Se não está disposto a fazer isso, o comitê deveria parar de dizer que o meio ambiente é o terceiro pilar dos Jogos Olímpicos, porque isso soa apenas como uma piada”, afirmou Charalambides.

(1) A análise do Greenpeace sobre os Jogos de Sydney e de Atenas destacam a falta de um envolvimento real por parte do COI e o fracasso em garantir que as Diretrizes Ambientais Olímpicas fossem respeitadas. O COI precisa aumentar sua capacidade de aconselhamento, direcionamento e pressão sobre as cidades-sede para assegurar que os comprometimentos ambientais sejam cumpridos. Veja o relatório completo em www.greenpeace.gr (em inglês).

(2) Retirado do documentos submetido ao COI para as Olimpíadas de 2004.

(3) Veja www.refrigerantsnaturally.com (em inglês)

(4) As Diretrizes Ambientais Olímpicas estão disponíveis em www.greenpeace.gr. Elas determinam os requisitos mínimos para os próximos Jogos Olímpicos. As cidades-sede devem consultar sua comunidade a fim de desenvolver diretrizes detalhadas e específicas para cada Olimpíadas, com base nos assuntos ambientais relevantes em cada caso. Essas diretrizes também devem ser seguidas por patrocinadores, parceiros, fornecedores etc, a fim de garantir coerência e consistência em todo o evento.

Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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