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PESQUISADORES
DA EMBRAPA TRANSFORMAM LODO DOMÉSTICO
EM ADUBO ORGÂNICO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Julho de 2004
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(30/07/2004) Depois
de um ano de estudo, pesquisadores da Embrapa Instrumentação
Agropecuária (São Carlos – SP), vinculada
ao Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, concluíram que é
possível transformar lodo de esgoto doméstico
em adubo orgânico. No processo utilizado,
a inovação está no uso combinado
de técnicas de compostagem e maturação
do lodo, associado a outros resíduos vegetais,
de forma que o produto final apresente excelente
qualidade fertilizante sem impactos negativos para
o meio ambiente.
O resultado da pesquisa foi apresentado durante
o XII Encontro Internacional de Substâncias
Húmicas, que termina, dia 30, no Hotel Colina
Verde, em São Pedro, interior de São
Paulo.
Os experimentos foram feitos com o lodo de esgoto
da Estação de Tratamento do condomínio
Riviera São Lourenço, em Bertioga,
litoral norte de São Paulo, empreendimento
da Sobloco, com quem a Embrapa Instrumentação
Agropecuária firmou convênio no ano
passado, com o objetivo de encontrar uma alternativa
para lodo produzido no local.
O acordo previa a execução de um projeto
piloto que apontasse a melhor forma de compostagem
dos resíduos, em menor tempo e que fosse
eficiente na eliminação de agentes
patogênicos. Durante a temporada de verão
são produzidos 500 metros cúbicos
de lodo de esgoto no condomínio, além
de outros 600 metros cúbicos de vegetação
que são recolhidos mensalmente nas áreas
públicas e privadas da Riviera.
O lodo de esgoto representa um problema para a Sobloco,
que estoca o material e depois envia à Sabesp
em cerca de 20 carretas a um custo de R$ 20 mil.
O transporte do lodo leva em média uma semana.
Com os resultados, a empresa pretende transformar
os resíduos orgânicos em fertilizante
natural.
A Embrapa empregou métodos de biodigestão
e acompanhou o processo através de análises
químicas convencionais e técnicas
laboratoriais avançadas, que utilizam campos
magnéticos e radiofrequência, entre
outras, para verificar a composição,
o potencial fertilizante, o grau de humificação
do fertilizante obtido pelo processo de biocompostagem.
Foram analisados ainda a presença de metais
pesados e de microorganismos patogênicos,
visando a qualidade ambiental e sanitária
do composto gerado.
Fonte: Embrapa (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa (Joanir Silva)