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ANÁLISE
TÉCNICA SOBRE BR-163 AGUARDA MANIFESTAÇÃO
DA SOCIEDADE
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Agosto de 2004
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(10/08/04)
– O Ibama recebe, até dia 21 deste mês,
manifestações, por escrito, de entidades
de classe, instituições e da sociedade
em geral sobre o asfaltamento da BR-163, que liga
Cuiabá (MT) a Santarém (PA). Depois
das audiências públicas realizadas
semana passada nos dois estados para discutir o
asfaltamento da estrada, o parecer técnico
do Ibama é o próximo passo para a
decisão sobre a realização
das obras. Mas antes o órgão vai aguardar
mais sugestões para emitir parecer favorável
ou não. “Precisamos desse tempo, pois dentre
as manifestações pode surgir algum
dado novo e relevante que não tenha sido
abordado nos estudos anteriores”, explica o diretor-substituto
de Licenciamento Ambiental, Luiz Felippe Kunz Júnior.
As contribuições podem ser encaminhadas
à Diretoria de Licenciamento Ambiental, no
Ibama-Sede, em Brasília.
Promovidas pelo Ibama nos municípios de Guarantã
do Norte(MT), Novo Progresso(PA) e Santarém(PA),
as audiências públicas contaram com
a participação total de 531 pessoas.
Os assuntos mais discutidos foram relativos a grilagens
de terras, regularização fundiária,
escoamento da produção dos pequenos
agricultores e, principalmente, impactos ambientais.
Estrada
A BR-163 tem precárias
condições de trafegabilidade – sobretudo
no período do inverno, que na região
norte atinge seis meses do ano –, o que dificulta
as vidas dos que moram ao longo da rodovia e dos
que necessitam dela para escoamento da produção.
O desejo do asfaltamento, entretanto, junta-se à
preocupação da sociedade com os possíveis
impactos que podem ser gerados com a pavimentação
da rodovia.
O estudo de impacto ambiental, com seu respectivo
relatório (Eia/Rima), é necessário
para se realizar o licenciamento ambiental das obras
de pavimentação, pois indica formas
de evitar, mitigar e compensar os impactos ambientais
da pavimentação, contribuindo para
que o desenvolvimento da região não
resulte em degradação ambiental.
O Eia/Rima foi elaborado a partir da área
de influência direta da rodovia – dois quilômetros
para cada lado da BR – e da área de influência
indireta (50 km de cada lado) e nos municípios
de Altamira, Itaituba, Novo Progresso, Rurópolis,
Trairão e zonas de produção
agropecuária do norte do Mato Grosso e de
Santarém. Foram estudados o solo, relevo,
paisagem, problemas decorrentes da existência
da rodovia, águas, ar, diversos tipos de
vegetação, animais, dentre outros.
Moradores, produtores rurais e comunidades indígenas
também foram ouvidos.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom