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CONVÊNIO
DE R$ 2,8 MILHÕES BENEFICIA COMUNIDADE
KALUNGA EM GOIÁS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Agosto de 2004
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13/08/2004 - Um convênio
no valor de R$ 2,8 milhões foi assinado pela
Fundação Nacional de Saúde
(Funasa) e pelas Fundações Palmares
e Universitária de Brasília (Fubra)
para construção de 1.200 banheiros
na comunidade Kalunga, de remanescentes de quilombos,
em Goiás. Com essa ação, a
Funasa também vai construir 400 casas, ainda
este ano, e reformar outras 800, no ano que vem.
Os municípios beneficiados são Cavalcante,
Montes Claros e Terezina de Goiás, sendo
que a execução das obras ficará
a cargo da Fubra. O objetivo é fazer com
que as unidades sanitárias ajudem na prevenção
e controle de doenças causadas pela falta
de saneamento.
Para o diretor do Departamento de Planejamento e
Desenvolvimento Institucional da Funasa, Déo
Costa Ramos, a parceria com a Fubra faz parte de
uma ação governamental e está
dentro da missão da Funasa, que é
de promover a inclusão social de populações
vulneráveis por meio de ações
de saneamento ambiental. “Faz parte do projeto governamental
chamado Ação Kalunga, onde estão
o Ministério das Cidades, a Funasa, a Fundação
Palmares, a Agência Goiana de Habitação,
a Caixa Econômica Federal e a Fubra”, disse
ele.
Ainda de acordo com Ramos, a ação
do governo, via Funasa, se desdobra em outra etapa
que é a construção do sistema
de abastecimento de água nas três cidades
goianas. Para essas obras, a Funasa já disponibilizou
R$ 500 mil para Cavalcanti, onde a obra já
está sendo desenvolvida. Para Teresina de
Goiás foram destinados R$ 64 mil, que também
já estão sendo utilizados. Por fim,
para Montes Claros, a previsão é que
neste ano e no ano que vem sejam destinados R$ 3
milhões para o sistema de abastecimento de
água em várias comunidades.
Na visão do diretor de Projetos da Fubra,
Aiporê Rodrigues de Moraes, o que está
sendo realizado na comunidade Kalunga é um
trabalho de criação de uma rede de
proteção social. Ele acredita que,
tão importante quanto a construção
de casas e de sanitários, está o processo
de geração de renda. Para ele, o grande
problema nessas comunidades de remanescentes de
quilombo é o problema da geração
de renda. “A questão básica, que é
a preocupação nossa dentro do contexto,
é o que a gente chama de rede de proteção
social, que é a questão de criar um
sistema contínuo, auto-sustentável
de geração de renda para essas comunidades,
vinculado a esse projeto”.
O projeto de construção de casas e
banheiros na região dos Kalungas inclui ações
de educação em saúde junto
à comunidade. Os principais temas abordados
nas atividades de educação são
saúde bucal, uso do vaso sanitário,
destino de resíduos sólidos, preservação
do meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Com 4.500 habitantes, os Kalungas são a maior
comunidade negra descendente de africanos no Brasil.
Dados do governo apontam que existem 743 comunidades
quilombolas no país.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Benedito Mendonça