DIVERSIDADE DA FLORA PANTANEIRA PODE OFERECER EXCELENTE OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Agosto de 2004

(09/08/2004) A diversidade da flora pantaneira vai além de suas belezas cênicas. Produtos como o xarope de gravatá e a farinha extraída da polpa de bocaiúva ilustram o potencial econômico de espécies presentes na região do Pantanal. Esses foram alguns exemplos mencionados pela pesquisadora Suzana Maria de Salis, durante palestra ocorrida na última edição do projeto "Papo com Ciência, realizado mensalmente pela Embrapa Pantanal (Corumbá, MS) – unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Durante o evento, a pesquisadora ressaltou que a utilização racional e sustentável das propriedades nutritivas e medicinais presentes em algumas plantas da região poderia transformar-se em excelente oportunidade de negócios para a economia local. No entanto, o consumo de produtos provenientes das espécies pantaneiras fica restrito às comunidades da região. "Acredito na viabilidade desse tipo de produção sustentável dentro do Pantanal, uma vez que a diversidade de espécies presentes na região é grande", avalia, acrescentando ainda o forte apelo comercial e valor agregado do produto. Outro exemplo é o do jenipapo. Embora abundante no Pantanal, a planta não tem um aproveitamento econômico pleno. No nordeste, região em que também ocorre, os moradores comercializam o fruto como "passa" – iniciativa que surge como forma de incrementar a renda familiar. Outra curiosidade da espécie é o corante extraído do jenipapo, utilizado pelas comunidades indígenas para pintar o corpo, assim como são feitas as tatuagens com henna.
Segundo dados da Embrapa Pantanal, a Bacia do Alto Paraguai possui cerca de 3.400 espécies de plantas, número considerado pequeno se comparado com outros biomas como o do Cerrado, que reúne cerca de 6.400 espécies. A pesquisadora explica que o Pantanal é uma formação relativamente recente, constituída por plantas oriundas de Cerrado, da Amazônia, do Chaco e dos Campos Sul-americanos, ocorrendo raras espécies endêmicas do Pantanal. Entretanto, os arranjos das espécies são característicos da região.
Da Amazônia, o Pantanal conserva espécies como a vitória-régia, o babaçu e o cambará – espécie de influência amazônica. Outra espécie é o carandá, uma palmeira do Chaco, com folhas em forma de leque, parente da carnaúba do Nordeste, cuja madeira é utilizada para cercas e construções. Ao todo, a região congrega cerca de 180 espécies de gramíneas, 210 espécies de leguminosas e 12 espécies de palmeiras. O acuri está entre as espécies de palmeira mais abundantes no Pantanal, sendo importante para a fauna silvestre (mamíferos e aves) bem como para a alimentação de bovinos e eqüinos. A pesquisadora mencionou ainda que aspectos como o uso do fogo de forma indiscriminada, retirada de madeira acima da reposição natural, sobrepastejo e pisoteio do gado, alteração do pulso de inundação e a introdução de espécies exóticas são as principais ações que afetam a permanência dessas espécies na região.
A palestra foi acompanhada por cerca de 24 alunos da Escola Estadual Natércia Pompeu dos Santos, localizada no Bairro Nova Corumbá, interessados em conhecer mais sobre a flora característica do Pantanal. Para o coordenador pedagógico da escola, Ademir Lucena, o Papo com Ciência é uma excelente oportunidade de despertar o interesse dos jovens pela ciência. "A participação dos alunos nesses eventos torna-se o processo de aprendizagem mais efetivo, oferecendo a eles a chance de interagir com a ciência", ressaltou Lucena.
Projeto – O "Papo com Ciência" é uma iniciativa da Embrapa Pantanal, que tem como objetivo promover a popularização da ciência, estabelecendo um novo canal de comunicação entre a instituição e a comunidade. Por meio de eventos informais, a comunidade local tem a oportunidade de conhecer curiosidades, debater e conhecer o resultado do trabalho desenvolvido pelos pesquisadores da unidade. O projeto conta com o apoio do site www.corumba.com.br. A próxima edição do evento terá como tema: "Queimadas controladas no Pantanal" e será apresentada pela pesquisadora Sandra Mara Araújo Crispim, no dia 2 de setembro – primeira quinta-feira do mês.

Fonte: Embrapa (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa (Deise Justino da Silva)

 
 
 
 

 

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