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EMBRAPA
APRESENTA CONTRIBUIÇÃO PARA
O PROGRAMA DE BIODIESEL
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Agosto de 2004
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(13/08/2004) O diretor-presidente
da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária,
vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, Clayton Campanhola, participou
dia 12 de agosto, de reunião de discussão
sobre o Programa Biodiesel no Palácio do
Planalto, com a presença do Presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, produtores, investidores
e demais agentes relacionados. O Programa tem como
objetivo implementar Porgrama de Produção
e Uso de Biodiesel de forma sustentável,
com enfoque na inclusão social e no desenvolvimento
regional, via geração de emprego e
renda.
Os representantes do setor público - entre
eles Embrapa, Petrobrás, Agência Nacional
do Petróleo e Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social - e do setor privado exporam
suas respectivas contribuições para
Programa em sete temas: Tecnologia; Comercialização,
Distribuição e Revenda; Regulação
e Fiscalização; Produção
e Agricultura; Indústria, Comércio
e Fabricação de Equipamentos; Força
de Trabalho; e Financiamento.
O assessor da Presidência da Embrapa, José
Roberto Peres, apresentou alguns pontos considerados
relevantes para a implementação do
Programa pelos segmentos da Produção
e Agricultura, representado pela Embrapa. Segundo
Peres, o Programa vai autorizar, a partir do próximo
ano, a adição de 2% de biodiesel ao
óleo diesel produzido no Brasil. "Isso
vai estabelecer uma demanda de cerca de 800 milhões
de litros de biodiesel por ano. O Programa também
vai priorizar, na primeira fase, culturas de maior
apelo social, como a mamona", explicou.
Peres disse, ainda, que o Ministério do Desenvolvimento
Agrário está propondo para o plano
de safra 2004/2005 a incorporação
de cerca de 150 mil hectares para produção
de mamona, sendo 30 mil produtores com módulo
de 5 hectares por produtor, principalmente no Nordeste.
"A medida será tomada para garantir
o atendimento da demanda a ser criada. Além
disse, espera-se que o governo estabeleça
políticas para a expansão da cultura
de dendê, de grande potencial para a produção
de biodiesel, considerando os impactos sociais,
ambientais e econômicos para o Brasil. Hoje
a expansão da cultura na Amazônia está
limitada pelo Código Florestal, que não
permite o uso do dendê como planta de reflorestamento",
detalhou.
O assessor informou que a Embrapa e o Sistema Nacional
de Pesquisa Agropecuária (SNPA) estão
elaborando um grande Programa de Pesquisa, Desenvolvimento
e Transferência de Tecnologia em Combustíveis
para desenvolver novas tecnologias visando maximizar
técnica e economicamente os sistemas de produção.
"A Embrapa e seus parcerios espalhados por
todo o Brasil já têm desenvolvido essas
tecnologias para a grande maioria das oleaginosas
de potencial econômico para produção
de biodiesel, mas a expansão da área
de cultivo implicará novas demandas. A pesquisa
agrícola está preparada para isso",
garantiu Peres.
Para o financiamento dessas pesquisas o Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
e o Ministério da Ciência e Tecnologia
estão priorizando recursos nos Fundos Setoriais.
A previsão de implantação do
Programa de Biodiesel é para novembro deste
ano.
Fonte: Embrapa (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa (Flávia Bessa)