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ENCONTRO
SOBRE CONHECIMENTO TRADICIONAL REÚNE
PARTEIRAS, BENZEDEIRAS E RAIZEIRAS
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Agosto de 2004
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12/08/2004
A Farmacopéia Popular do Cerrado, uma publicação
da Articulação Pacari, será
apresentada durante o 4º Encontro de Parteiras,
Benzedeiras e Raizeiras do Cerrado, que começa
hoje, na Cidade de Goiás (GO). O encontro
é promovido pela Articulação
Pacari _ Plantas Medicinais do Cerrado, Pastoral
da Saúde da Diocese de Goiás e Rede
Intercâmbio de Tecnologias Alternativas, com
apoio do Ministério do Meio Ambiente.
O livro, que deverá ser publicado até
o final do ano, contém informações
sobre três espécies do cerrado, barbatimão,
pacari e rufão, que ocorrem no norte de Minas
Gerais, no Alto e Médio Jequitinhonha. São
analisados dados como nome da espécie, ambiente
em que ocorre, uso, manejo para coleta, caracterização
da parte usada, efeitos colaterais e antídotos.
O objetivo é reconhecer como tradicional
este conhecimento, preservá-lo e fomentar
seu uso pelas comunidades. O uso comercial das receitas
é proibido, a não ser com autorização
expressa das comunidades e do Conselho de Gestão
do Patrimônio Genético.
Pela primeira vez no Brasil, comunidades tradicionais
se articulam para sistematizar seus conhecimentos.
A elaboração de uma farmacopéia
popular auxiliará na preservação
do conhecimento e a promover sua auto certificação
e auto gestão. No encontro, que termina domingo,
serão realizadas, ainda, oficinas sobre temas
como raízes do Cerrado, sementes crioulas,
garrafada, óleos, parto, panela de barro,
folias de reis e receitas tradicionais com milho.A
expectativa é que participem do evento cerca
de 300 pessoas de comunidades tradicionais de nove
estados brasileiros.
Autorização
O Conselho
de Gestão do Patrimônio Genético
(CGEN) concedeu ao Instituto Nacional de Pesquisas
da Amazônia (INPA) a primeira autorização
de acesso ao conhecimento tradicional associado
ao patrimônio genético. A autorização
beneficiará a realização do
projeto "Ecologia e Extrativismo de Plantas
Utilizadas como Fixadoras de Corantes no Artesanato
Baniwa, Alto Rio Negro", de responsabilidade
da pesquisadora Juliana Leoni, vinculada ao INPA.
O projeto foi aprovado em 56 dias, desde sua entrada
até a apreciação pelo plenário
do CGEN, com aprovação unânime
dos conselheiros.
Fonte: MMA – Ministério
Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom