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MCT DESTINA
R$ 12 MILHÕES PARA COOPERAÇÃO
NA ÁREA DE BIODIESEL COM ESTADOS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2004
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O ministro da Ciência
e Tecnologia, Eduardo Campos, e secretários
de C&T de 22 estados assinaram ontem (26), em
cerimônia realizada no auditório do
Ministério da Ciência e Tecnologia
(MCT), acordo de cooperação técnica
e científica no âmbito do programa
brasileiro de biodiesel. Os estados receberão
R$ 12 milhões em recursos dos fundos setoriais
de ciência e tecnologia.
Para execução dos convênios
assinados hoje, nove estados (RJ, BA, MA, CE, PI,
RS, PR, MT, MS) receberão R$ 4 milhões
do CT-Energ – recursos de 2003 já disponíveis.
Outros 13 estados (AC, AP, AM, PA, RO, SE, AL, PB,
GO, SP, ES, MG RN) terão um orçamento
de até R$ 8 milhões do fundos setoriais
CT-Energ, CT-Petro, CT-Agro, CT-Infra e CT-FVA,
recursos de 2004.
A parceria entre o MCT, por meio da Financiadora
de Estudos e Pesquisa (Finep), e as Fundações
de Amparo à Pesquisa (FAPs) dos estados prevê
a execução de estudos, pesquisas e
projetos conjuntos, visando ao desenvolvimento tecnológico
e à viabilização da produção
e uso do biodiesel, conforme estabelece o Programa
Nacional de Produção e Uso do Biodiesel.
Eduardo Campos destacou que a implantação
do biodiesel em um ambiente de tranqüilidade
permite traçar com cuidado uma visão
estratégica dos objetivos centrais pelo que
ele está sendo pensado. "Nós
temos a perspectiva de através desse programa
gerar no ano de 2005 cento e cinqüenta mil
postos de trabalho, o que é extremamente
relevante, sobretudo por serem postos de trabalho
em áreas carentes do País", afirmou.
O compromisso com o desenvolvimento sustentável
e com o meio ambiente também foi ressaltado
por Eduardo Campos. "Acredito que a repercussão
do programa não apenas internamente, mas
em todo o mundo, nos permitirá em breve estar
exportando o biodiesel para outros centros, como
começamos a fazer com o álcool",
avaliou.
Para o ministro, a missão maior agora cabe
aos estados, que é acompanhar e animar a
comunidade científica, "pois com certeza
esse é um programa importantíssimo
para afirmação do novo modelo de desenvolvimento
que estamos implantando no País", afirmou.
A ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef, prestigiou
a assinatura dos convênios. Segundo ela, o
programa é um grande passo para o desenho
da nova matriz energética brasileira. "O
biodiesel representa uma etapa fundamental para
se construir no País uma ‘cesta’ de combustíveis
diversificada, com a presença de combustíveis
renováveis. Essa diversificação
é que nos dará segurança energética
e posicionamento estratégico em relação
à situação energética
nacional e internacional", ressaltou.
Dilma Roussef destacou ainda a importância
da parceria entre o desenvolvimento energético,
sua área, e o desenvolvimento científico
e tecnológico. "Gostaria de enfatizar
especialmente o trabalho da comunidade científica,
que desenvolve a pesquisa tecnológica no
País", afirmou.
Além dos secretários estaduais de
C&T e dos presidentes das fundações
de amparo à pesquisa dos estados, a solenidade
contou com as presenças do diretor da Finep,
Odilon Marcuzzo, do presidente em exercício
do Fórum de Secretários de C&T
dos Estados, Rafael Lucchesi, do deputado federal
Jorge Valverde e do presidente do Fórum Nacional
das Fundações de Amparo à Pesquisa,
Jorge Bounassar Filho.
O Programa
A autorização para produção
e comercialização do biodiesel no
País deve acontecer até o final deste
ano. O novo combustível poderá ser
adicionado ao petrodiesel na proporção
de 2% (o B2), sem comprometer a garantia dos motores
de veículos. O biodiesel também poderá
ser empregado na geração de energia
elétrica em comunidades isoladas.
A entrada do biodiesel no mercado nacional vai permitir
a redução da importação
do diesel, que hoje é de cerca de 15% do
consumo nacional do combustível, fomentar
a criação de empregos no meio rural,
por meio da agricultura familiar, e desenvolver
a indústria nacional de pesquisa e equipamentos.
O marco regulatório, que deverá estar
pronto em novembro, prevê resoluções
da Agência Nacional de Petróleo (ANP)
estabelecendo os requisitos técnicos e os
parâmetros de controle de qualidade do novo
combustível, além da estruturação
da cadeia produtiva. Também serão
editados os instrumentos legais para definição
dos tributos, que estão sendo elaborados
pelo Ministério da Fazenda.
Para o Governo Federal, a inclusão social
é um dos aspectos mais importantes do Programa.
Será criada uma Certificação
Social do Biodiesel para os produtores que adotarem
políticas de incentivo à participação
da agricultura familiar na produção
de matéria-prima e atendimento social nas
suas áreas de cultivo. Os produtores certificados
terão benefícios na adoção
de políticas públicas específicas,
entre elas, incentivos tributários.
Para administrar o Programa foi instituída
em dezembro de 2003 a Comissão Executiva
Interministerial, coordenada pela Casa Civil e integrada
por 14 ministérios. O MCT coordena o Grupo
de Desenvolvimento Tecnológico.
Fonte: MCT - Ministério
da Ciência e Tecnologia (www.mct.gov.br)
Assessoria de Imprensa (Jorge Lúcio Pinto)