Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasi
Março de 2004
Salvar a ararajuba é
um dos maiores desafios para pesquisadores,
governos e empresas que patrocinam ações
ambientais no Brasil. Primeiro, porque não
se conhece quase nada a respeito da ecologia
da espécie, uma das mais exuberantes
aves da Amazônia. A situação
se complica com as dificuldades de acesso
ao animal, que se embrenha na densa floresta
tropical. Por último, não
há, até o momento, um programa
com recursos garantidos que possa assegurar
a sobrevivência da espécie.
Essas são algumas das conclusões
dos especialistas em ararajuba (Guaruba
guarouba) reunidos na última semana
no Rio de Janeiro a convite do Ibama.
A reunião serviu para definir uma
estratégia de ação
envolvendo os segmentos interessados na
conservação da ave. Entre
as metas estabelecidas pelos especialistas
está a criação imediata
de uma unidade de conservação
em local próximo a Belém (PA).
O Centro de Endemismo, com cerca de sete
mil quilômetros quadrados, abriga
pelo menos dez espécies de aves ameaçadas
de extinção na Amazônia,
inclusive a ararajuba.
Para os estudiosos,
isso seria suficiente para se estabelecer no local
uma unidade de conservação de uso
restrito. Outras duas unidades desse tipo deveriam
ser criadas no sudeste do Amazonas, uma próximo
à fronteira com a Rondônia e, outra,
na região conhecida como Terra do Meio, também
no Pará. Para os pesquisadores, a conservação
dessas áreas é vital para o futuro
da ararajuba.
É necessário ainda que se faça
uma estimativa sobre a população da
ave por meio de censos. A espécie se distribui
entre o sul do Maranhão, Pará, Amazonas
e Rondônia. Uma expedição com
essa finalidade necessitaria de especialistas e
recursos financeiros. Apenas o primeiro item está
garantido.
Ações humanas são principal
ameaça.
Sendo uma espécie endêmica da região
amazônica (só existe naquela floresta
tropical), a ararajuba sofre diretamente com a ação
dos traficantes. A intensidade da cor amarela e
o esplendor de sua plumagem fazem da ave um dos
mais cobiçados troféus do mercado
ilegal de aves. A ararajuba chegou a disputar com
o sabiá o título de ave-símbolo
do país. Perdeu por ter distribuição
no território brasileiro mais restrita do
que o sabiá, que existe praticamente todas
as regiões.
A perda de habitat natural provocada pelo desmatamento
é outra ameaça que coloca em risco
a sobrevivência da espécie. A ararajuba
ocorre principalmente no Pará, Maranhão
e Rondônia, onde se verificam os mais altos
índices de desmatamento da Amazônia.
A crescente pressão humana sobre a ave é
o que mais preocupa os estudiosos.
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa (Ascom)
Foto: Zig Koch
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