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FUNDAÇÃO
FLORESTAL QUER RECUPERAR MATA CILIAR NO
RIBEIRÃO GUARATINGUETÁ
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Março de 2004
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SMA/Divulgação
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A Fundação
Florestal, órgão da Secretaria
do Meio Ambiente do Estado, realizou nesta
quarta-feira (17/3) o Seminário de
Recuperação Florestal, para
discutir e organizar uma agenda de trabalho
para o Projeto Ribeirão Guaratinguetá,
junto com a Promotoria Pública, formadores
de opinião e responsáveis
pelo desenvolvimento ordenado da região
do Vale do Paraíba.
O trabalho foi desenvolvido em parceria
com o Escritório de Desenvolvimento
Rural de Guaratinguetá, órgão
da Secretaria Estadual da Agricultura e
Abastecimento, e a Prefeitura de Guaratinguetá,
além de contar com o patrocínio
da Embaixada Britânica e o apoio do
Laboratório de Ecologia e Restauração
Florestal – LERF, da
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Escola Superior de Agronomia
Luiz de Queiroz, da Universidade de São
Paulo. O objetivo do Projeto Ribeirão
Guaratinguetá é, inicialmente,
a recomposição de 15 hectares
de fragmentos florestais de Mata Atlântica,
ao longo desse curso d’água, por
meio de reflorestamento com espécies
nativas. Esse ribeirão, afluente
do Rio Paraíba do Sul, é de
grande importância para o Município
de Guaratinguetá, sendo responsável
por 80% do abastecimento público
de água dos seus 150 mil habitantes.
“A conscientização da população
acerca da importância da preservação
ambiental aumentou muito depois que assinamos
o convênio com a Fundação
Florestal, com o qual pretendemos recuperar
cerca de 15 hectares ao longo do Ribeirão
Guaratinguetá, o que representa 10%
do total previsto no projeto”, disse o prefeito
municipal Francisco Carlos Moreira Santos
na abertura do Seminário.
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Para
Jovino Paulo Ferreira Neto, diretor do Escritório
de Desenvolvimento Rural de Guaratinguetá,
a preservação hídrica
e ambiental é importante também
para os cerca de 100 produtores rurais com
propriedades ao longo do ribeirão,
cujo envolvimento será fundamental
para o sucesso do projeto.
A diretora executiva da Fundação
Florestal, Antonia Pereira de Avila Vio, explicou
porque a instituição desencadeou
o processo de busca de parcerias para recuperar
as matas ciliares dos cursos d’água
ameaçados no Estado de São Paulo.
“Não adianta ter uma atitude impositiva,
mas, sim, criar a necessidade de recuperação
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SMA/Divulgação
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das matas ciliares.
A questão deve ser amplamente discutida com
as autoridades locais e entre os produtores rurais
para ajustar as características de cada propriedade
quanto ao uso e ocupação do solo e
o poder de atuação dos proprietários”.
O engenheiro agrônomo, Marcos Martinelli,
do Escritório de Desenvolvimento Rural, apresentou
a proposta do Projeto Ribeirão Guaratinguetá,
cuja agenda de trabalho foi discutida pelos participantes
do seminário para se definir as ações
de curto, médio e longo prazos. Essas ações
serão baseadas nas orientações
do professor Ricardo Rodrigues, do LERF, que apresentou
várias experiências de sucesso dentro
do Programa de Adequação Ambiental
de Áreas Degradadas, com o manejo adequado
do potencial de regeneração natural
em áreas agrícolas sem matas ciliares.
Segundo Rodrigues, cada caso depende do histórico
de uso da área. “Primeiro, deve ser feito
um diagnóstico da área para apresentar
ao DEPRN – Departamento Estadual de Proteção
dos Recursos Naturais, da Secretaria do Meio Ambiente,
apontando as inadequações no uso do
solo. Em seguida, é necessária a análise
do potencial natural de regeneração
de cada área para escolher a metodologia
a ser aplicada e as espécies florísticas
para desencadear o processo de formação
da floresta, resgatando a diversidade que vai garantir
a perpetuação da área”, explicou
o Prof. Rodrigues.
Paulo Valladares, da Fundação Florestal,
salientou a importância do debate para se
construir uma dinâmica de trabalho para cumprir
o compromisso assumido com a Embaixada Britânica,
que destinou recursos no total de R$ 110 mil para
serem aplicados no projeto, promovendo o plantio
da primeira muda no dia 17 de novembro de 2004.
Fonte: SMA – Secretaria Estadual
do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Renata Egydio)
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