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GOVERNO
IMPLANTA PROJETOS DE ALTERNATIVAS ECONÔMICAS
EM ALDEIAS INDÍGENAS
Panorama
Ambiental
Cuiabá (MT) – Brasil
Março de 2004
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Xavantes,
umutinas, parecis, bororos e grupos do Xingu começam
a ser beneficiados
O cultivo de milho,
banana, arroz e mandioca, entre outras culturas,
em aldeias indígenas, apresentam mudanças
significativas no campo. O Governo do Estado, através
da Casa Civil, está executando vários
programas de apoio à agricultura criando
alternativas econômicas nas aldeias indígenas
do Estado. As nações xavante, umutina,
pareci, bororo e grupos do Parque Nacional Indígena
do Xingu começam a ser beneficiados com as
culturas de subsistências, não só
gerando renda, mas melhorando a qualidade de vida.
O apoio e a assistência técnica estão
partindo das secretarias, onde um grupo de trabalho
coordenado pela Superintendência de Política
Indigenista implementou uma política efetiva
no Estado, em contrapartida às ações
casuais praticadas anteriormente. "Instalamos
um modelo de discussão nas aldeias e mantemos
diálogo permanente com os índios,
respeitando sua cultura e tradição",
disse o superintendente ouvidor de Política
Indígena, Idevar José Sardinha.
Em Primavera do Leste (a 231 km de Cuiabá),
na Reserva Indígena Sangradouro, os xavantes
estão cultivando, numa área de 250
hectares, arroz e mandioca, além de pomar
para abastecer a comunidade. Desenvolvida em parceria
com a prefeitura, a iniciativa, explica Sardinha,
partiu dos próprios índios que querem
tão somente apoio e assistência técnica.
"Os projetos estão vindo deles (os índios).
Eles precisam apenas de apoio e acompanhamento",
informou o indigenista, que já foi administrador
da Fundação Nacional do Índio
(Funai) em Cuiabá.
A exemplo de Primavera do Leste, os xavantes em
Santo Antônio do Leste (a 379 km de Cuiabá)
estão desenvolvendo dois projetos de parceria
agrícola: um na aldeia Água Limpa
e o outro na aldeia Chão Preto. Na primeira,
os índios estão explorando de forma
sustentável cultivares em 100 hectares. E
na segunda 150 hectares estão sendo utilizados
para o cultivo de mandioca, milho e pomar, entre
outras culturas. "Além da subsistência,
o excedente da produção pode ser comercializado
pelos índios, gerando renda para as aldeias",
comentou Sardinha
De acordo com Sardinha, o Governo do está
trabalhando dentro do que compete ao Estado, tendo
em vista que a questão indígena é
uma atribuição do Governo Federal,
especificamente da Fundação Nacional
do Índio (Funai). "Nosso objetivo é
trabalhar em parceria com o Governo Federal, Prefeituras
e demais instituições organizadas
da sociedade. No primeiro momento a gente trabalha
com os municípios e a sociedade envolvida",
frisou o superintendente ouvidor de Política
Indígena.
Parque do Xingu - Em parceria com prefeituras e
instituições de ensino, o Governo
do Estado está implantando, no Parque Nacional
Indígena do Xingu, uma estação
ambiental, que é um centro de referência
para pesquisas. A estação está
localizada próxima à nascente do rio
Tanguro, no município de Querência
(a 944 km de Cuiabá).
No local, informou o geólogo José
Seixas da Silva, responsável pelos projetos
especiais e sustentabilidade da Superintendência
de Política Indigenista, as comunidades indígenas
kalapalo, kuikuro, waurrá, kamaiwrá
e yalapíti, com projetos de alternativa econômica.
Segundo o geólogo, foram levadas para o local
1,2 mil mudas frutíferas, entre as quais
laranja, pitanga, manga e acerola. "Serão
formados dois hectares de pomar e já existe
pedido para 10 aldeias. O objetivo é levar
os projetos para todo o Xingu", disse Seixas,
informando que serão implantados também
seis tanques de piscicultura com alevinos da região.
Além da Casa Civil, o modelo de política
indígena implantado pelo governador Blairo
Maggi envolve as secretarias de Saúde, Educação,
Transportes, Agricultura e a Empresa Mato-grossense
de Pesquisa, Assistência e Extensão
Rural (Empaer). Atualmente, os índios ocupam
17% do território mato-grossense, divididos
em 67 reservas, somando uma população
superior a 30 mil pessoas. "É um trabalho
abrangente que está melhorando a qualidade
de vida dos índios", afirmou Arnaldo
Borges Filho, responsável pela área
de saúde indígena na Superintendência
de Política Indigenista, ligada à
Casa Civil.
Fonte: Governo do Estado do Mato
Grosso (www.mt.gov.br)
Amazônia ORG (www.amazonia.org.br)
Assessoria de imprensa (Nelson Francisco)