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SEMINÁRIO
ESPECIAL DA AMAZÔNIA ABORDA O SISTEMA
TERRA-ATMOSFERA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2004
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No próximo
dia 22 de março, o Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia (INPA) estará
apresentando o Seminário Especial sobre "O
sistema terra-atmosfera: perspectivas de pesquisa
interdisciplinar". A palestrante é a
pesquisadora Maria Assunção Faus da
Silva Dias, do Centro de Previsão de Tempo
e Estudos Climáticos/INPE e do Departamento
de Ciências Atmosféricas/IAG/USP, coordenadora
geral do CPTEC/INPE e coordenadora de Física
do Clima do LBA.
A evolução do clima da terra ao longo
de milhares de anos demonstra relações
diretas entre a concentração de gás
carbônico no ar e a temperatura média
da atmosfera terrestre. Para Maria Assunção,
"a situação atual é de
evoluções muito mais bruscas e repentinas
do que aquelas observadas no passado".
A compreensão dessas mudanças envolve
uma série de processos físicos, químicos
e biológicos, explica. "A previsão
das futuras mudanças climáticas depende
da nossa capacidade de modelar o sistema integrado
terra-atmosfera".
Para a pesquisadora, "o desafio é interdisciplinar
e abre perspectivas inovadoras, em particular para
o caso amazônico, onde as mudanças
podem ser monitoradas e onde os impactos da ação
do homem ainda podem ser controlados".
Seminário
sobre Queimadas e nuvens na Amazônia traz
Paulo Artaxo a Manaus
No dia 24 de março,
às 16 horas, o INPA estará apresentando
a palestra sobre "Queimadas e nuvens na Amazônia:
relação entre mudanças de usos
da terra e o ciclo hidrológico". Com
a presença do Dr. Paulo Artaxo, do Laboratório
de Física Atmosférica, do Instituto
de Física da USP, será apresentado
um resumo de 3 trabalhos publicados com pesquisas
do LBA nas últimas semanas na revista Science.
Emissões de partículas de aerossóis
como decorrência de queimadas alteram os processos
microfísicos de formação de
nuvens na Amazônia. São alterações
com potencial de inibir precipitação
mesmo em áreas distantes de regiões
onde ocorrem queimadas", diz Paulo Artaxo.
Resultados recentes de experimentos em Rondônia
mostram como o aumento do número de núcleos
de condensação de nuvens (NCN) inibe
a formação de nuvens baixas. Foi descoberto
um novo composto químico emitido naturalmente
pela floresta, que constitui a maior parte dos NCN
naturais da Amazonia, e este composto não
é emitido em áreas de pastagens.
Segundo Paulo Artaxo, isso representa um impacto
significativo no regime de chuvas naturais da Amazônia
proveniente de mudança de solo foi descoberto.
Medidas in situ e utilizando sensoriamento remoto
para toda a Amazônia apontam resultados similares.
Fonte: INPA (www.inpa.gov.br)
Assessoria de imprensa