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JAPÃO
BARRA CRIAÇÃO DE SANTUÁRIO
DE
BALEIAS NO ATLÂNTICO SUL
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Julho de 2004
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Mais uma vez a proposta
brasileira de criação do Santuário
de Baleias do Atlântico Sul foi rejeitada
na reunião anual da Comissão Internacional
da Baleia (CIB), que está sendo realizada
em Sorrento, na Itália. De acordo com informações
do Ibama, um grupo de países liderados pelo
Japão, que têm direito a voto na comissão,
rejeitou a proposta sob pretexto de garantir a caça
científica feita por aquele país.
A proposta recebeu uma votação majoritária
– 26 votos a favor e 22 contra -, mas a aprovação
dependia de no mínimo três quartos
dos votos.
Apesar da derrota, desta vez a proposta recebeu
mais votos favoráveis do que nos anos anteriores.
O secretário de Biodiversidade e Florestas
do Ministério do Meio Ambiente, João
Paulo Capobiano, disse que o apoio crescente indica
que a proposta brasileira é acertada.
“Esses números mostram que, cada vez mais,
países concordam com a proposta”, disse.
A mesma opinião é compartilhada pelo
vice-comissário brasileiro na CIB e coordenador
do Projeto Baleia Franca, José Truda Palazzo
Jr. “Mesmo que a maioria simples não tenha
sido suficiente para aprovar formalmente o Santuário,
nosso direito a manter os baleeiros japoneses longe
do Atlântico Sul está sendo cada vez
mais reconhecido”, disse.
O Brasil, juntamente com a Argentina e a África
do Sul, defendem a criação da área
há quatro anos. A iniciativa é um
esforço de estabelecer a área do Atlântico
Sul como de preservação desses mamíferos,
ameaçados de extinção no mundo.
Desde 1987 o Brasil pertence a um grupo de países
que defendem o uso não-letal de baleias.
Um relatório aprovado pela CIB elogia o Brasil
pela proteção conferida às
baleias, botos e golfinhos. Segundo o documento,
medidas tomadas pelo Ibama para restringir a poluição
causada por atividade de sísmica (operação
em que navios realizam “disparos sonoros” em busca
de novas reservas de petróleo), tornaram
a região de Abrolhos, na Bahia, no mais importante
local de concentração para baleias
jubarte no Atlântico Sul. O relatório
propõe que as medidas de proteção
do Ibama passem a valer permanentemente.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Caio A’rcanchy