Panorama
Ambiental
Belo Horizonte (MG) - Brasil
Julho de 2004
(22/07/04) - Durante
o mês de julho, época em que as crianças
estão de férias, o Ibama recebeu mais
de 10 pássaros com ferimentos nas asas, todos
os casos por causa de acidentes que envolvem corte
com o cerol. Entre as principais vítimas
do cerol estão as aves de médio porte,
tais como o urubu, o gavião-carcará
e as corujas.
De acordo com estimativas dos técnicos do
Ibama, apenas 10% dos animais feridos com cerol
chegam ao Centro de Triagem de Animais Silvestres
– CETAS do Ibama, pois a maioria das aves atingidas
são de pequeno porte e acabam morrendo logo
após a colisão com o cerol.
Quando chegam ao CETAS, os animais são identificados
e seus ferimentos tratados. Depois disso, começa
o trabalho de reabilitação que é
a parte mais difícil, garante Daniel Vilela,
chefe do setor de Fauna do órgão.
“As aves ficam muito tempo sem voar e acabam ganhando
peso, assim, fazê-las voltar a voar e buscar
o alimento por conta própria é nosso
maior desafio”, afirma Daniel.
Algumas aves ficam impossibilitadas de voar definitivamente
e não podem ser devolvidas ao seu habitat.
Nestes casos, elas são encaminhas a criadouros
registrados onde poderão ser usadas para
programas de reprodução, educação
ambiental e pesquisas científicas.