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PÚBLICO
PODE CONFERIR NO ESTANDE DO INSTITUTO MAMIRAUÁ
ARTESANATO DE RIBEIRINHOS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Julho de 2004
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Sementes e cordas
são transformadas em colares, cipós
são tramados e viram cestarias para decoração.
As peças expostas no estande do Instituto
Mamirauá – unidade de pesquisa do Ministério
da Ciência e Tecnologia (MCT) - na 12ª
Expociência, em Cuiabá (MT), atraem
a curiosidade dos visitantes. “Eles querem saber
a origem, quem faz, qual é a matéria-prima
e sempre acabam levando alguma coisa para casa”,
conta uma das monitoras de divulgação
do Mamirauá, Patrícia Macedo.
Tudo é produzido em comunidades riberirinhas
da Reserva Mamirauá. A instituição
tem sede administrativa na Universidade Federal
do Pará, e a reserva fica na confluência
dos rios Solimões e Japurá, no estado
do Amazonas, numa área de um milhão
de hectares, o que corresponde aproximadamente à
metade do estado de Sergipe. São cerca de
10 comunidades beneficiadas com a comercialização
dos produtos.
Patrícia explica que a produção
de materiais artesanais foi uma alternativa de renda
para as famílias que ficam em uma situação
muito difícil no período das cheias.
“A partir do programa de artesanato do Instituto,
se busca aprimorar o trabalho, sempre com a preocupação
de preservar o meio ambiente com manejo orientado”,
explica Patrícia. Segundo a monitora, os
materiais usados são reutilizados da natureza.
As cestarias são confeccionadas com um tipo
de cipó, e a coloração é
feita com o uso de sementes, num processo muito
trabalhoso.
Antigamente, nas comunidades, o sistema consistia
em os homens saírem para pescar e plantar,
enquanto as mulheres ficavam trabalhando com artesanato
em casa. Hoje, com o sucesso da produção,
eles se dividem na fabricação de peças
em madeira, cerâmica, cestaria e a mais recente
novidade, as bijóias (colares de corda e
sementes). “Hoje as famílias se preocupam
com o resultado do trabalho. Eles querem saber se
as pessoas estão gostando e o que podem melhorar
no acabamento das peças”, revela a monitora.
Fonte: MCT – Ministério
da Ciência e Tecnologia (www.mct.gov.br)
Assessoria de imprensa