US$ 18,9 MILHÕES SERÃO APLICADOS NA RECUPERAÇÃO DE MATAS CILIARES

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Maio de 2004

Pedro Calado
A estrutura, as funções e a estabilidade da Mata Atlântica e do cerrado paulista estão ameaçadas pela degradação do solo e pelo desmatamento. Esses fatores representam ameaças concretas aos biomas e contribuem, de forma significativa, para o agravamento da pobreza no meio rural. Para reverter esse quadro, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado - SMA criou, em 2002, um grupo de trabalho para estudar as formas de recuperação de matas ciliares no Estado.
O resultado desse trabalho foi apresentado nesta quarta-feira (19/5), durante o seminário "Projeto de Recuperação de Matas Ciliares do Estado de São Paulo", realizado no auditório Augusto Ruschi, na sede da SMA, com uma platéia de cerca de 300 pessoas. O projeto prevê a aplicação de recursos no valor total de US$
18,9 milhões, provenientes de organismos internacionais e do Governo do Estado. Para Paulo Kageyama, que dirige o Programa Nacional de Conservação da Biodiversidade, ligado ao Ministério do Meio Ambiente, o projeto desenvolvido pela SMA é resultado do trabalho de técnicos e especialistas paulistas.
"Foi em São Paulo que a tecnologia de restauração de matas ciliares teve início e foi consolidada. Eu me orgulho de pertencer ao grupo que, há vinte anos, iniciou essas pesquisas. Como professor da ESALQ - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, fui pioneiro nesse estudo ao firmar convênio com a CESP, que na época se chamava Centrais Elétricas de São Paulo e que iniciava o plantio de mata ao redor dos reservatórios", afirmou.
"Naquela época, a Mata Atlântica existente representava cerca de 10% de sua área original, estando hoje com cerca de 7%. No início dos anos 80 já tínhamos dado o alerta de que a manutenção da Mata Atlântica dependia da conservação das matas ciliares". Kageyama ressaltou, ainda, que não existe um programa efetivo de recuperação de matas ciliares em nenhum Estado brasileiro, sendo que em toda a costa brasileira, onde há Mata Atlântica, a situação de degradação é muito parecida.
"São Paulo dá início a um programa sério e bem articulado, que para ser levado adiante precisa da ajuda da sociedade. Pela quantidade e qualidade do público presente a este evento, acho que o projeto conta com o apoio de toda a comunidade", concluiu.
O secretário do Meio Ambiente, professor José Goldemberg, também concorda. Segundo Goldemberg, o projeto precisa da cooperação de grande quantidade de parceiros e não pode ser implementado de cima para baixo. "Achei importante realizarmos esta apresentação para que, de forma democrática, a sociedade possa discutir, contribuir e dar sugestões", ponderou .
O projeto será implementado em quatro anos, nas cinco bacias hidrográficas consideradas prioritárias: Paraíba do Sul, Piracicaba, Mogi-Guaçu, Tietê-Jacaré e Aguapeí. Os resultados do projeto vão propiciar a formulação de um programa que será implementado em todo o Estado.
A estrutura do projeto foi dividia em cinco componentes: Desenvolvimento de Políticas; Apoio à Restauração Sustentável de Florestas Ciliares; Investimentos em Práticas de Uso Sustentável do Solo e Restauração Florestal; Capacitação, Educação Ambiental e Treinamento; e Gestão, Monitoramento e Avaliação, Disseminação de Informações.
O projeto já foi submetido e aprovado em novembro do ano passado pelo GEF - Global Environmental Facility, um organismo financeiro internacional, integrado por 176 países, que atua em benefício do meio ambiente global, mediante doações para países em desenvolvimento, destinadas à implantação de projetos ambientais. O custo total do projeto será de US$ 18,9 milhões, provenientes do GEF e do Governo do Estado.

Fonte: SMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Cris Olivette)

 
 
 
 

 

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