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PREOCUPAÇÃO
COM MEIO AMBIENTE SURGIU AINDA DURANTE O
PLANEJAMENTO DA OBRA
Panorama
Ambiental
Foz de Iguaçu (PR) – Brasil
Maio de 2004
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Quando a empresa
Itaipu Binacional foi fundada, em 1974, para efetivar
o início da construção da maior
usina hidrelétrica do mundo, a novidade provocou
temor em ecologistas e biólogos de todo o
planeta. Afinal, seria impossível erguer
uma muralha de 196 metros de concreto, aço
e metal sem causar impactos ao meio ambiente? A
decisão de interromper o fluxo do rio Paraná
para instalar uma hidrelétrica também
trouxe conseqüências aos municípios
vizinhos a Itaipu, que acabaram alagados com a retenção
das águas.
Diante da constatação de que danos
ao meio ambiente seriam uma realidade com a nova
usina, a direção da Itaipu Binacional
decidiu concentrar esforços para minimizar
os estragos ambientais. A prioridade, inicialmente,
foram os municípios vizinhos à hidrelétrica
e a região que pertence ao reservatório
da usina. Ao longo dos 30 anos de atividades da
empresa, foram plantadas mais de 20 milhões
de mudas de árvores nativas na faixa de proteção
do reservatório – que possui 1.350 quilômetros
de extensão.
Embora a preservação ambiental tenha
sido uma bandeira de Itaipu desde a sua construção,
nos últimos cinco anos ela foi impulsionada.
O diretor brasileiro de Coordenação
da Itaipu Binacional, Nelton Miguel Friedrich, garante
que, depois de 25 anos com atividades direcionadas
aos arredores da usina, a empresa decidiu ampliar
seus projetos ambientais. “Tivemos uma mudança
de 180 graus no governo Lula. A nova direção
de Itaipu traz presente de maneira muito forte a
responsabilidade social e ambiental. Faz parte da
prioridade máxima de Itaipu ter hoje o seu
balanço ambiental, social, e não somente
o seu balanço energético.
É uma mudança de visão, de
compromisso, mas também de área de
atuação, de abrangência do seu
trabalho”, afirma o diretor.
O principal programa ambiental de Itaipu tem hoje
como preocupação essencial evitar
o desperdício da água doce – que atualmente
representa apenas 3% do total de água disponível
no planeta, segundo dados da empresa. O “Cultivando
a Água Boa” reúne 70 projetos e sub-projetos
que têm como objetivo conscientizar os moradores
dos 29 municípios da Bacia do rio Paraná
sobre a necessidade de preservação
da água. “Nesses municípios tem mais
de 1.560 nascentes de primeiro grau, que vão
formando cursos d´água e todos chegam
no reservatório de Itaipu. Queremos zerar
esse passivo ambiental, mas, ao mesmo tempo, permeando
isso tudo com educação ambiental”,
ressaltou o diretor.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Gabriela Guerreiro