AMAZÔNIA: PARÁ, ESTADO DE CONFLITO (TERRA DO MEIO)

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Janeiro de 2004

Situada entre os rios Xingu e Tapajós, região central do Pará, a Terra do Meio é uma das maiores áreas relativamente intactas na Amazônia ocidental. Rodeada por territórios indígenas, possui mais de 8 milhões de

hectares, uma área do tamanho da Áustria.
Com uma riqueza biológica em grande parte desconhecida, a Terra do Meio tem importância crítica para povos indígenas e para a vida selvagem. Apresenta alto grau de endemismo e abriga diversas espécies animais, como onças, jacarés, macacos e tamanduás. Os maiores estoques remanescentes de mogno (Switenia macrophylla) do Brasil estão concentrados ali e nas terras indígenas adjacentes.
A grilagem na Terra do Meio é uma realidade que já atropelou a lei. Madeireiros abriram 600 quilômetros de estradas ilegais para alcançar as concentrações de árvores de mogno. A maioria deles veio da região de Redenção, Rio Maria, Xinguara, Tucumã, Ourilândia e São Félix do Xingu, todas tradicionais cidades paraenses produtoras de mogno até há pouco tempo. Quase todos estão ligados aos “reis do mogno” – Osmar Alves Pereira e Moisés Carvalho Pereira – conhecidos por extrair madeira dentro

de áreas indígenas protegidas por lei. A máfia que controla a extração ilegal de mogno na Terra do Meio foi denunciada pelo Greenpeace em 2001, no relatório “Parceiros do Crime”.
No final de agosto o Greenpeace sobrevoou a área entre os municípios de Itaituba (nordeste da Terra do Meio) e documentou grandes áreas de desmatamento ilegal. Vários trechos já haviam sido ou estavam prontos para a queimada, e outros já apresentavam pasto com gado. Em 2002, como uma reação tardia às denúncias da

extração ilegal de mogno na Terra do Meio, o governo federal encomendou ao IS (Instituto Socioambiental) uma proposta de conservação para a região. A entidade preparou um mapa estabelecendo uma rede de unidades de conservação em todo o território, como Florestas Nacionais, Terras Indígenas e Reservas Extrativistas.
Até hoje, a proposta acumula poeira em alguma gaveta do governo. Assim, ONGs e comunidades locais decidiram “apropriar-se” dos mapas preparados pelo ISA, e exigir a implementação da proposta por meio de um planejamento participativo. Para o Greenpeace, este é um importante passo para proteger a Terra do Meio. Porém, até que o zoneamento esteja completo e seja implementado, é necessário estabelecer uma moratória a todas as atividades industriais na região.

Fonte: Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa (Diário de Bordo)

 
 
 
 

 

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