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POLÍCIA
FEDERAL PRENDE MADEIREIROS NO PARÁ
Panorama
Ambiental
Belém (PA) – Brasil
Janeiro de 2004
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A Polícia
Federal cumpriu hoje dezenas de mandados de prisão
contra madeireiros em vários municípios
paraenses, por determinação da Justiça,
com fundamento em 462 Representações
Criminais (Autos de Infração), durante
a “Operação Feliz Ano Velho”, iniciada
às quatro horas da madrugada. As representações
foram encaminhadas por procuradores do Ibama ao
Ministério Publico Federal (MPF), resultando
na prisão de oito madeireiros em Belém,
Tailândia, Paragominas, Tomé Acu e
Moju. Até o final do dia mais 20 madeireiros
foram presos.
“O crime ambiental ficou configurado em seis meses
de auditoria feita pelo Ibama em 180 empresas, constatação
de fraude em documentos públicos- beneficiando
madeireiros, sonegação de impostos
e abate clandestino de árvores da floresta
amazônica na Amazônia Oriental, no estado
do Pará”, justificou Felício Pontes,
procurador do MPF. Com as prisões, esclarece
Marcílio Monteiro, gerente executivo do Ibama
no Pará, “começamos a separar o joio
do trigo e a valorizar o setor madeireiro que trabalha
na legalidade”.
Segundo Monteiro, a “Operação Belém”
- auditoria feita pelo Ibama em 2003, constatou
que o esquema criminoso abateu ilegalmente três
milhões de árvores da floresta amazônica,
correspondendo a mais de 45 mil metros cúbicos
de madeira, e comercializou de forma ilegal matéria-prima
florestal para o mercado interno, oriunda de dezenas
de municípios de todas as regiões
do Pará. A conexão criminosa envolve
os estados do Amapá, Maranhão e Mato
Grosso.
De acordo com Daniele Grossenheimer Rodrigues, titular
da Delegacia de Crimes Ambientais da Polícia
Federal, o motivo das prisões dos madeireiros
foi a constatação do esquema criminoso
para calçar (adulterar) e falsificar ATPF
– Autorização de Transporte de Produto
Florestal – documento do Ibama que controla a exploração
florestal no país. Os madeireiros ficarão
à disposição da Justiça
na Superintendência da Polícia Federal,
em Belém.
Os Procuradores da República, Felício
Pontes e Ubiratan Cazzeta, asseguram que os madeireiros
responderão a inquérito administrativo
e ação penal por dilapidar o patrimônio
ambiental e fomentar o desmatamento da floresta
amazônica e, se condenados, pagarão
pelo crime ambiental do calçamento (adulteração)
e falsificação de 1.263 Autorizações
de Transporte de Produto Florestal (ATPF).
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de comunicação