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BRASIL,
MELHOR SEM TRANSGÊNICOS
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Abril de 2004
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Com
uma inspeção de biossegurança
no barco Saturn V, no porto de Rio Grande (RS),
teve início esta semana a expedição
"Brasil melhor sem transgênicos",
que acontece a bordo do nosso navio Arctic Sunrise.
Esta expedição é parte de um
esforço mundial do Greenpeace para mostrar
os problemas que a poluição genética
pode trazer para o meio ambiente e a saúde
humana.
O barco inspecionado estava sendo carregado com
soja suspeita de ser geneticamente modificada, que
estava sendo exportada para Coréia de Sul.
Solicitamos a documentação sobre a
origem da carga, que pela legislação
nacional e internacional deve ser identificada como
transgênica ou não transgênica.
O comandante disse que não possuía
tal identificação. Sendo assim, foi
pintada a palavra " Transgênico"
na lateral do navio, em sinal de alerta para as
autoridades.
"A falta de identificação desrespeita
o direito do consumidor brasileiro e de todo o mundo
de saber o que está consumindo", disse
a coordenadora da Campanha de Engenharia Genética,
Mariana Paoli. Embora as legislações
brasileira e internacional sejam bem claras quanto
à exigência de rotulagem, muitas vezes
essa determinação não é
respeitada pelas empresas ou fiscalizada pelos governos.
Segundo as leis, a rotulagem deve ser garantida
em todas as etapas da cadeia produtiva, desde a
plantação até o produto final.
A falta de identificação desrespeita
igualmente o Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança,
acordo internacional já ratificado pelo Brasil
e por mais 90 países, que exige identificação
sobre transporte de transgênicos entre os
países.
Novo Guia
do Consumidor
Para auxiliar os
consumidores brasileiros enquanto a legislação
de rotulagem, que já foi aprovada, não
é aplicada, lançamos no Artic Sunrise
a quarta edição do Guia do Consumidor
- lista de produtos com ou sem transgênicos,
que traz 28 empresas a mais do que a edição
anterior. Nesta nova edição do Guia,
cresceu o número de empresas na lista verde.
Na versão anterior, essas indústrias
representavam 39% do total, contra 44% (48 companhias)
na atual. "De fato, a pressão dos consumidores
é fundamental para garantir um meio ambiente
e uma alimentação livre de transgênicos.
Foi graças à pressão dos brasileiros
que grandes indústrias, como a Nestlé,
a Kraft e a Unilever, garantiram que não
utilizam transgênicos em seus produtos",
disse Gabriela Couto, da Campanha de Engenharia
Genética.
Visite nosso site e veja mais detalhes da expedição
Brasil Melhor sem transgênicos. Você
pode baixe a nova versão do guia em nosso
site.
Fonte: Greenpeace-Brasil
(www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa