CRÍTICAS CONTRA SEM-TETO E ÍNDIOS SÃO DISCRIMINAÇÃO DA ELITE

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Abril de 2004

A frase é do senador Aloizio Mercadante (PT/SP), líder do governo no Senado, em resposta ao pronunciamento feito pelo líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), no início da noite de terça-feira (20/4) no plenário. Virgilio atacou o governo usando como exemplos as invasões de sem-teto, de sem-terra e a morte dos garimpeiros em terras dos índios Cinta-Larga de Rondônia. Com ele fizeram coro os senadores Tasso Jereissati (PSDB/CE), José Agripino, líder do PFL (RN) e Ramez Tebet (PMDB/MS).

O senador Aloizio Mercadante respondeu aos ataques do senador Arthur Virgilio, líder do PSDB no Senado, classificando como discriminação da elite as "críticas agressivas" contra os segmentos sociais menos favorecidos como sem-terra, sem-teto e índios que lutam por seus direitos. Matéria publicada em tempo real pela Agência Senado informava que Mercadante havia se reportado à história do município de São Paulo para lembrar que, há mais de 400 anos, a Câmara dos Vereadores registrava críticas dos seus integrantes à construção de palafitas pelos índios locais em área urbana. E observou que o fato já causava temor nas classes dominantes da época.
Ainda de acordo com Agência Senado, Mercadante advertiu que as mortes de 29 garimpeiros ocorridas em Rondônia devem ser investigadas com cautela, antes de condenar precipitadamente os índios "que lutam pela preservação de seus direitos". Defendeu a apuração rigorosa dos fatos que precederam a chacina pela Justiça e disse que interesses desconhecidos podem tê-la originado, uma vez que a reserva hoje é objeto da ambição de traficantes de diamantes".
O senador terminou seu pronunciamento dizendo que os índios estão cansados de serem colonizados e vilipendiados pelo homem branco, que reduziu suas populações a um número ínfimo por meio de matanças indiscriminadas.
Durante a fala de Arthur Virgílio, o senador Tasso Jereissati, em aparte, informou que iria pedir a convocação do presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Mércio Pereira Gomes, do governador de Rondônia, Ivo Cassol e de representantes da Polícia Federal para falar sobre o ocorrido na TI Roosevelt. O senador Ramez Tebet defendeu que em vez de chamar o presidente da Funai seria melhor pedir ao Presidente da República a sua demissão. Em aparte, a senadora Ana Júlia Carepa (PT/PA) se disse alarmada com "essa verdadeira xenofobia contra os índios brasileiros", lembrando que quando foram contatados na década de 1970, os Cinta-Larga eram cerca de 5 mil. "Eles foram massacrados e hoje não passam de 1.500".

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental (www.socioambiental.org.br)
Inês Zanchetta

 
 
 
 

 

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