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GOVERNADOR
DE RONDÔNIA RECLAMA DA AÇÃO
DA FUNAI NA RESERVA ROOSEVELT
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Abril de 2004
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O governador de
Rondônia, Ivo Cassol, passou a tarde reunido
com políticos e moradores de Espigão
D´Oeste, cidade a 500 km da capital do estado.
No encontro, Casso reclamou da forma como a Fundação
Nacional do Índio (Funai) conduziu as investigações
sobre os confrontos entre índios e garimpeiros
na reserva indígena Roosevelt, a 80 km de
Espigão.
“Se o pessoal da Funai na reserva tivesse liberado
a entrada das polícias, militar e federal,
na reserva, na quinta-feira da semana santa, não
teriam ocorrido outras mortes”, acusa Cassol. De
acordo com ele, além dos três corpos
encontrados na região há uma semana
e dos cerca de 26 localizados (porém ainda
não resgatados) na última sexta-feira,
restam ainda 35 garimpeiros desaparecidos.
“Houve um primeiro conflito no início da
semana santa que levou à morte de uns 15
garimpeiros. Os outros foram amarrado em árvores,
capados, torturado e queimado durante dias",
afirma o governador, que viu os três primeiros
corpos e se diz “revoltado” com a postura adotada
pelo presidente da Funai, Mércio Pereira
Gomes, perante o caso. “Não compactuo de
forma alguma com o presidente da Funai quando ele
lamenta pelos garimpeiros, mas diz que os índios
agiram em defesa da terra. Imagine se todo proprietário
de terra fizesse como os índios.”
Em entrevista à Agência Brasil, Cassol
disse não ter críticas à ação
do Ministério da Justiça e da Polícia
Federal. Mas afirma que, esta semana, irá
apresentar uma série de investigações
para o governo federal. “Quero que sejam investigadas
as denúncias de que os garimpeiros estavam
lá contratados pelos próprios índios
e de que o confronto teria ocorrido
na hora da partilha do diamante”, contou o governador.
Cassol também pretendo sugerir a presença
do Exército na região e a legalização
da exploração do diamante na reserva
Roosevelt. "É a maior jazida do mundo",
avisa o governador. "Não podemos entregá-las
a empresas mineradoras. A agência deve ficar
responsável pela compra dessa riqueza.”
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Juliana Cézar Nunes