PESQUISA REVELA PREOCUPAÇÃO DE CHINESES QUANTO A TRANSGÊNICOS

Panorama Ambiental
Pequim/Hong Kong – China
Abril de 2004

Consumidores escolherão produtos não transgênicos se puderem optar; Brasil é o único país capaz de atender à demanda por soja não transgênica, crescente no mundo

O Greenpeace divulgou hoje a primeira pesquisa nacional sobre a atitude dos consumidores na China continental com relação aos alimentos transgênicos. O levantamento demonstra que os chineses exigem o direito à informação sobre os produtos com OGMs (87%), e que um maior número de consumidores escolheria comida não transgênica, se pudessem ter a escolha (40%). Dos participantes, apenas 24 optariam pelos transgênicos.
A pesquisa, encomendada pelo Greenpeace, foi realizada em fevereiro. Participaram de entrevistas por telefone, feitas pelo Research International, 600 pessoas de Pequim, Xangai e Guangzhou.
Dada a forte demanda pelo direito à informação sobre os produtos presentes nos alimentos, 70% dos participantes afirmaram que perderiam a confiança em uma marca se fosse descoberto que seus produtos contêm ingredientes geneticamente modificados, e essa informação não estivesse exibida no rótulo. Por sua vez, 40% das pessoas que responderam à pesquisa disseram que teriam mais confiança em marcas que se comprometessem com uma política de não transgênicos.
"O debate global sobre alimentos transgênicos cresceu, já que a Europa introduziu ontem uma legislação mais rígida sobre a rotulagem de transgênicos", disse Xu Lijun, da Campanha de Engenharia Genética do Greenpeace na China. Xu Lijun no momento está no Brasil, participando de atividades de consumidores no Rio Grande do Sul. "Os consumidores estão enviando um claro sinal para a indústria alimentícia de que exigem o direito de escolher. As companhias arriscam perder um mercado significativo, além da confiança das pessoas, se apostam nos transgênicos".
"Com a crescente rejeição dos consumidores chineses aos alimentos transgênicos, o Brasil tem uma oportunidade única frente aos seus concorrentes, como EUA e Argentina, por ser o maior produtor de soja nao transgênica do mundo", disse a coordenadora da Campanha de Engenharia Genética do Greenpeace no Brasil, Mariana Paoli. "Esta oportunidade pode ser perdida caso o país adote o plantio de soja transgênica em larga escala. O Brasil é o único país capaz de atender à demanda crescente no mercado interrnacional pelo grão nao transgênico".
A China é o centro de origem e diversidade da soja, com mais de seis mil variedades da espécie, correspondente a 90% do total existente no mundo. O país, que proíbe o plantio comercial da soja geneticamente modificada, importou 20,7 milhões de toneladas do grão em 2003. Especialistas chineses estimam que mais de 70% da soja importada pelo país é transgênica, já que a maior parte vem dos EUA, Argentina e Brasil. As importações de soja transgênica em larga escala correspondem a uma ameaça para a biodiversidade da espécie, pois pode acarretar a contaminação genética das variedades tradicionais.
A China está importando mais soja para atender à demanda crescente de carne e óleo, e os consumidores de seus centros urbanos estão reforçando suas exigências pelo direito a um alimento saudável. No ano passado, uma mãe de Xangai, Zhu Yanling, processou judicialmente a gigante Nestlé por não rotular um produto transgênico que ela comprava para seu filho de dois anos de idade. A pesquisa do Research International também apontou que 55% dos participantes não compraria alimentos com OGMs para seus filhos.O sumário da pesquisa pode ser encontrado em www.greenpeace.org.hk/eng/document/2004_MLGE_survey_summary_e.pdf (em inglês).

Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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